O Brasil atravessa um período conturbado de sua história política. Num só ano, neste 2016, foram substituídos a presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados, e, agora, pode ser a vez do presidente do Senado.
Apesar de essas mudanças terem sido feitas conforme as regras do jogo, não ocorreram sem que fossem aplicados mecanismos extraordinários, como o impeachment, a cassação de mandato e a destituição de um cargo político.
Nessas circunstâncias, o Supremo Tribunal Federal tem sido o farol, a bússola, o monitor que zela para que a Constituição seja cumprida e para que todas as mudanças institucionais sejam feitas com a observância da lei.
Faltando poucos dias para o senador Renan Calheiros deixar a presidência do Senado, o ministro Marco Aurélio Mello, acatando pedido de liminar do partido Rede de Sustentabilidade, determinou seu afastamento do cargo.
A questão estava em exame no Supremo, que analisava se quem é réu não pode estar na linha de sucessão do presidente da República. O ministro Dias Toffoli, porém, pedira vista do processo, mantendo a decisão em suspenso.
A decisão conturba ainda mais o ambiente político do país. A Mesa do Senado não aceitou a liminar e desafiou o STF, até que a questão seja analisada no plenário do STF. E ontem o ministro Gilmar Mendes pediu o afastamento de Mello, que também o respondeu.
Talvez Dias Toffoli tivesse pedido vista do processo para suspender seu julgamento até o fim do mandato de Renan. Com a precipitação, o plenário do STF, em julgamento previsto para hoje, poderá manter a decisão.
Assumirá a presidência do Senado o vice-presidente da Casa, senador Tião Viana, da oposição, o que pode representar, para o governo, um risco de não aprovar as reformas econômicas. O episódio reflete o momento turbulento que o país e seus Poderes vivenciam.
Enquanto isso, a área econômica tenta manter o foco. Afinal, a situação não é só grave, é gravíssima. Embora ainda tenha gente que não percebeu.
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