FOTO: DIVULGAÇÃO |
Clique na imagem para ampliar |
Um dos festivais mais emblemáticos do rock underground brasileiro, o recifense Coquetel Molotov terá uma versão em Belo Horizonte. Agora com o nome No Ar Coquetel Molotov, o festival vai rolar dia 15 de outubro no espaço Centoequatro e tem entre as atrações confirmadas a nova diva cool da música brasileira, Ava Rocha, que toca pela primeira vez na cidade. Além dela, se apresentam o grupo mineiro Pequeno Céu e a pernambucana Jam da Silva. Além dos shows, está prevista uma grade de oficinas e debates.
O No Ar Coquetel Molotov acontece no Recife há 13 anos, sob comando de Ana Garcia e Jarmeson de Lima, e já rolaram edições em Salvador, Fortaleza e Belo Jardim (PE). Neste ano, no Recife, o festival acontecerá no dia 22 de outubro e já tem confirmados no line-up Céu, BaianaSystem, Boogarins, Barro, Ventre e Rakta.
Os ingressos para o festival de BH já estão à venda com preços promocionais de R$ 20 (inteira) e R$ 10.
Enquanto o dia 15 não chega, vá esquenta os tamborins com a sensacional Ava Rocha cantando "Você Não Vai Passar".
SERVIÇO:
No Ar Coquetel Molotov BH
Espaço Centoequatro. Praça Ruy Barbosa, 104.
Dia 15/10, às 16h.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
DEEZER SOUNDS
Ravyn Lenae - Moon Shoes EP
Por Yasmin Muller
FOTO: DIVULGAÇÃO |
Dezessete anos é a idade desta (ainda) desconhecida que lançou um dos álbuns mais interessantes que ouvi esse ano. Ravyn Lenae é de Chicago e mais uma representante dessa nova onda da música negra entre o R’n’B, o pop e o alternativo - da turma de Chance the Rapper, Jamila Woods, Saba e Noname. "Moon Shoes" é o seu primeiro trabalho, um belo “EP” de 10 músicas - vai entender esse conceito, já que 10 músicas normalmente já é duração de álbum completo, LP.
Na primeira faixa, “Venezuela Trains” já se sente o clima do álbum - sintetizadores, bases eletrônicas com beats quebrados e uma senhora voz transitando entre falsetes agudos e frases mais faladas que cantadas. Cada música parece mais uma conversa de Ravyn consigo mesma do que uma letra de música tradicional. Em alguns momentos temos alguns ganchos mais comuns e chicletes (como “Hello, hello, hello, hello” do refrão em “Greetings”), mas na maioria das vezes, são letras mais relativas a seu mundo particular ou a interações e experiências extremamente cotidianas e triviais, quase um fluxo de pensamento. Em “Sleep Talking”, nos sentimos tão próximos de Lenae que nos sentimos quase ao seu lado nesta cama imaginária, falando durante sonhos, sussurrando segredos em confiança plena.
Ela parece nos convidar para seu universo de momentos a cada frase de “Moon Shoes”, e somos seduzidos rapidamente por esse ambiente tão encantador e natural. Há um frescor juvenil único em um disco tão contemplativo como o debut de Ravyn Lenae, e é incrível ver uma garota de 17 anos soar tão serena. Um achado raro, uma real descoberta.
DEEZER INDICA: Anos 90 no Brasil