Começou, enfim, o tão aguardado programa eleitoral na televisão. Como era de se esperar, Lula foi novamente figura principal da propaganda gratuita, apelando, em demasia, e também sem nenhuma surpresa, para o lado emotivo dos eleitores. Quem assistiu a “Shrek” pode ter feito alguma associação entre a fala do ex-presidente e o comportamento meio dissimulado do Gato de Botas antes de suas investidas. A cara de piedade era a mesma.
O líder petista, como sempre, fez referência a seu passado e disse que Dilma, a “dona de casa”, assim como aconteceu com ele, precisa do segundo mandato.
Quanto ao programa de Aécio, pode ter agradado a uma parcela da população, mas receio de ser aquela que já está com o senador mineiro. As edições do PSDB foram mais insossas que as de seu rival. Pela estética, a produção petista se saiu melhor.
Marina só se mostrou no segundo programa, depois que a convenção do PSB a confirmou como candidata. Sinceramente, aguardava um discurso mais empolgante, não lido.
A aparição da sucessora de Eduardo Campos acabou sendo ofuscada pela substituição do antigo coordenador da campanha socialista. Suas declarações não pareceram tão naturais. Não emocionaram, mas também não sei se o melodrama funcionaria mais ou menos.
Em Minas, os primeiros programas de Pimenta e Pimentel, como nos nomes e nas campanhas de rua mostrados até aqui, assemelharam-se. Nenhum dos dois apresentou o que tem como proposta. Usaram tempo demais para dizer que um é Pimentel e o outro é Pimenta. Porém, vazios, não foram capazes de deixar claro quem é mesmo o 45 e quem é o 13, e o que os difere.
A questão é se os programas televisivos podem mudar a opinião do eleitorado. A TV é de inegável relevância, mas não imagino que seja tanto como se propaga. Ela acaba interessando muito mais a marqueteiros, pelos gordos investimentos que se fazem necessários, do que propriamente ao eleitor.
Enquetes mostram que a audiência foi baixíssima. Pouca gente emitiu opinião concisa a respeito das duas primeiras exposições. O desinteresse continua o mesmo, com os aparelhos sendo desligados na hora do horário político e os canais fechados ganhando audiência.
Mais do que o programa de TV, o que interessa agora é saber se as intenções de voto em Marina não são frutos somente da chamada “bolha emocional”, surgida após a morte de Eduardo. Se ela mantiver os índices apontados pelo Datafolha após uma semana da tragédia, realmente atingindo a massa de indecisos e de insatisfeitos com petistas e tucanos, o PT estará certo de elegê-la como sua adversária no segundo turno. Nessa toada, não será a TV que mudará alguma coisa.
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