A terça-feira passada serviu como um divisor para a campanha de Pimenta da Veiga ao governo de Minas. Após dispensar centenas de militantes ligados a outros figurões do partido e reestruturar todo o comando central, Aécio, sob a batuta de sua irmã, Andrea Neves, focou olhares no Estado.
O pensamento é pragmático. Se não é possível ganhar no Brasil, aqui, em Minas, não se pode bobear, sob risco de ter as possibilidades da carreira do senador drasticamente reduzidas em um futuro bem próximo, a ponto de transformá-lo em mais um em meio a tantos políticos sem holofotes por este Brasil afora.
Para cumprir a meta de virar o jogo para cima do petista Fernando Pimentel, o staff tucano já tomou algumas decisões que podem fazer a diferença nas próximas pesquisas. As atitudes, entretanto, só foram assumidas a partir das severas críticas lançadas por quem, de fato, deseja ou entende que a subsistência do projeto aecista é importante como alternativa para a política brasileira.
A primeira delas foi diminuir a cor vermelha das peças publicitárias e impor uma identificação visual que aproxime Pimenta da candidatura presidencial. Essas ações constituem correção de rota, de erros primários que muitos “leigos” já tinham identificado logo nos primeiros dias da caminhada.
As decisões mais importantes permearam o campo político e administrativo. A imensidão pelas ruas sem um discurso ensaiado e apenas com sorrisos na cara deve dar lugar à mobilização de prefeitos, deputados e lideranças tradicionais.
Somente o fato de reagir à tremenda letargia em que a campanha de Pimenta se encontrava já pode ser considerado um ponto positivo para Aécio e seu grupo. O novo comportamento exigirá mais apostas do concorrente e estratégias que o tirem da zona de conforto que já estava se desenhando.
Faltando menos de um mês para as eleições de outubro, o novo comando tucano terá ainda que identificar motivações e tirar leite de pedra. Isso porque a diferença entre os candidatos do PSDB e do PT na última pesquisa CP2/DataTempo é quase a mesma que a verificada por levantamento feito pelo mesmo instituto um mês atrás (13%).
Pimenta não cresce, mas também não cai. Está estacionado. Já Aécio, que tinha 41%, no levantamento mais recente feito pelo jornal, aparece com menos de 27%.
Surge então a dúvida sobre essa reaproximação. É Pimenta que se beneficia com Aécio ou é Aécio quem sai ganhando ao se colar em Pimenta? Podem ser as duas coisas, mas, nesta altura do campeonato, não é mais possível arriscar tudo na imagem do presidenciável.
“Porradaria”, o neologismo trazido por Marcus Pestana, desde que limitado ao campo das ideias, é, sim, o termo mais adequado para o momento.
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