Por relatos que já ouvi, eu acredito (não é futebol) quando dizem que, no exterior, gente que não conhece o Brasil ainda tem uma ideia do nosso país como um lugar cheio de macacos pulando de galho em galho na maior parte do nosso território, que seria uma imensa selva amazônica (quem dera, ela está cada vez mais mirrada). Um país selvagem que ainda não teria controle sobre nosso tão diverso habitat – animal ou vegetal.
É ignorante ou preguiçoso o estrangeiro que tem essa noção, você pode dizer, por não buscar um mínimo de informação de que já somos razoavelmente civilizados, mas fatos como um divulgado na semana passada nos Estados Unidos retomam um pouco a direção desse conceito. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou lá um comunicado sobre o risco de dengue aos turistas norte-americanos que pretendem vir ao Brasil. No documento estamos classificados em risco de nível 1, de atenção, em uma escala de 0 a 3. Com isso, o CDC pede que os viajantes tomem atitudes para evitar o contágio.
O comunicado informa o registro de 52 mortes causadas pela doença neste ano aqui e diz que “os casos têm aumentado dramaticamente em 2015 em comparação com 2014”. Acre, São Paulo e Goiás são os Estados mais afetados.
Como forma de prevenção às picadas do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, as autoridades sanitárias daquele país recomendam cobrir a pele exposta, vestindo camisas de mangas compridas, calças compridas e chapéus, além de orientar sobre o uso de repelentes. Imagino norte-americanos, homens e mulheres, vestidos assim na praia de Copacabana e no litoral nordestino.
Observado do ponto de vista deles, esse fato até dá a entender notícias como a proibição da mãe da cantora Taylor Swift, para que não faça shows no Brasil, pois quer que ela evite se apresentar em “países do Terceiro Mundo”. A genitora da artista só deve ver macacos e doenças em nosso retrato.
Não conseguir atacar eficazmente em nosso país o Aedes, depois de tantos anos de convivência com o problema, parece mesmo algo de um atraso descomunal, mas não é tão simples assim. Incutir a necessidade de uma minuciosa ação individual de combate aos focos do mosquito é um exercício que ainda estamos aprendendo.
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