Com o assunto que vamos tratar, não queremos desprestigiar, menos ainda ofender, nenhuma religião, pois sigo o espiritismo que respeita todas as crenças, não condenando nenhuma. Mas relembro aqui que, frequentemente, muitas pessoas, por serem orgulhosas e fanáticas com sua religião, se revoltam ao ouvirem ou ao lerem alguma crítica contra seu modo de crer. Não estranho, pois, isso! Aliás, às vezes, o que menos queremos saber são verdades ainda desconhecidas por nós!
Há dois cristianismos: um evangélico e outro que segue mais os dogmas. O evangélico, que se baseia no evangelho e nas suas variações no Novo Testamento, é aceito pela grande maioria dos cristãos, sem nenhum problema, embora, na prática, nem sempre seja vivenciado. Já o dogmático é constituído de doutrinas polêmicas, pois se apoia em interpretações forçadas da Bíblia, ora alegóricas, ora literais. E é por isso que essas doutrinas viraram dogmas. E, no passado, ai de quem negasse publicamente um deles! Os líderes religiosos, em tudo que falam, eles se referem a um dos principais dogmas. Seria isso fanatismo, insegurança ou lavagem cerebral nos fiéis?
Vamos ver uns exemplos dos dogmas cristãos, com os quais se criou o da Santíssima Trindade. O de que Jesus é Deus tal qual o Pai, e que surgiu com o Concílio Ecumênico de Niceia (325). O do Espírito Santo, que diz que ele é também Deus, teve início no citado concílio e se firmou mais no de Constantinopla (381) e outros posteriores. Mais alguns dogmas: o da comunhão dos santos, que prega o intercâmbio de colaboração recíproca entre os espíritos desencarnados e encarnados, isto é, entre os seres do mundo espiritual e os do nosso mundo físico. Ele se tornou polêmico para os cristãos apegados ainda ao judaísmo, em que Moisés (não Deus) proibiu o contato com os espíritos (Deuteronômio capítulo 18), tal como acontece, ainda hoje, com o espiritismo. O dogma da transubstanciação ou eucaristia, que afirma que, depois de consagrados o vinho e a hóstia se tornam o corpo real de Jesus. Originou-se da interpretação literal dos textos evangélicos: “Isto é meu corpo” e “Isto é meu sangue”. Os protestantes, evangélicos e espíritas os interpretam figuradamente. Cremos que a transubstanciação oficializada no Concílio Ecumênico de Trento (1545 a 1563) ganhou muita força entre o clero católico, porque ela dá muito prestígio para os padres e bispos, pois, segundo muitos deles, é só deles esse poder de transformar a hóstia e o vinho no corpo e sangue reais de Jesus! Já ouvi padres dizerem que eles são superiores a Nossa Senhora e aos anjos, que não possuem esse poder que eles têm! E termino essa relação de alguns dogmas com o da infalibilidade dos papas em assuntos de moral e de religião, criado no Concílio Ecumênico Vaticano I (1870).
Uns líderes religiosos estão dizendo que o espiritismo não é cristão, porque ele não aceita alguns dogmas. Mas entre eles mesmos há os que recusam alguns. E Jesus disse que seus discípulos serão conhecidos por se amarem uns aos outros, não, pois, por crerem em certas doutrinas dogmáticas criadas por grupos de teólogos imaturos do passado!
Na TV Mundo Maior, canal aberto e a cabo em algumas regiões, por parabólica digital e www.tvmundomaior.com.br, o “Presença Espírita na Bíblia”, com Celina Sobral e este colunista, às 20h das quintas-feiras, e às 23h dos domingos etc. (ver a grade de programação). Perguntas e sugestões: presenca@tvmundomaior.com.br
O cristianismo está dividido entre os dogmas e o evangelho
Clique e participe do nosso canal no WhatsApp
Participe do canal de O TEMPO no WhatsApp e receba as notícias do dia direto no seu celular
O portal O Tempo, utiliza cookies para armazenar ou recolher informações no seu navegador. A informação normalmente não o identifica diretamente, mas pode dar-lhe uma experiência web mais personalizada. Uma vez que respeitamos o seu direito à privacidade, pode optar por não permitir alguns tipos de cookies. Para mais informações, revise nossa Política de Cookies.
Cookies operacionais/técnicos: São usados para tornar a navegação no site possível, são essenciais e possibilitam a oferta de funcionalidades básicas.
Eles ajudam a registrar como as pessoas usam o nosso site, para que possamos melhorá-lo no futuro. Por exemplo, eles nos dizem quais são as páginas mais populares e como as pessoas navegam pelo nosso site. Usamos cookies analíticos próprios e também do Google Analytics para coletar dados agregados sobre o uso do site.
Os cookies comportamentais e de marketing ajudam a entender seus interesses baseados em como você navega em nosso site. Esses cookies podem ser ativados tanto no nosso website quanto nas plataformas dos nossos parceiros de publicidade, como Facebook, Google e LinkedIn.
Olá leitor, o portal O Tempo utiliza cookies para otimizar e aprimorar sua navegação no site. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados. Para saber mais acesse a nossa Política de Privacidade.