O Concílio Ecumênico de Niceia (325) decretou um dos mais polêmicos dogmas cristãos, o de que Jesus é Deus.
Conheço muitas pessoas das várias correntes cristãs que dizem que Jesus é Deus, mas apenas figurado, e não verdadeiro. Isso porque os seus líderes religiosos não têm argumentos convincentes de que Jesus é Deus mesmo. A resposta de que se trata de um mistério de Deus não cola mais, a não ser para as crianças. E os padres até evitam explicar essa questão em suas prédicas. E se alguém lhes faz perguntas sobre isso, eles, agora, estão dizendo: faça curso de teologia. Todos os padres fazem esse curso, mas só podem ser ordenados padres, se eles se comprometerem a aceitar, sem questionamentos, os dogmas.
E a coisa se complica mais ainda, porque a Terceira Pessoa Trinitária é tida também como sendo o Deus Espírito Santo. Deus Pai, ninguém nega que Ele é o Espírito Santo por excelência, o número um, a Causa Primeira de todas as coisas e a Inteligência Suprema (espiritismo), único Ser Incontingente (são Tomás de Aquino) e a causa causante de todas as coisas. Mas qual é o Espírito Santo verdadeiro, o do Pai da Primeira Pessoa ou o Espírito Santo da Terceira Pessoa? Cremos que seja o do Pai. Pela Bíblia, o da Terceira Pessoa é uma espécie de coletivo designando todos os espíritos desencarnados. “Nosso corpo é santuário ‘de um’ Espírito Santo” (1 Coríntios 6: 19) como está no original grego, e não “do” Espírito Santo como fazem erradamente os tradutores, dando a entender que se trata daquele Espírito Santo único da Terceira Pessoa.
Jesus pode até ser Deus, mas relativo, pois é criatura, e não absoluto, como o é o Deus Pai incriado. Quando Jesus fala que Ele e o Pai são um, Ele quer dizer que Ele está plenamente sintonizado com o Pai. E assim Ele dizia: A doutrina que prego não é minha, mas daquele que me enviou. É como um embaixador que representa o presidente de um país em outro país. Se houver algum problema entre as duas nações, o embaixador e o seu presidente são um em sintonia, pois seus pontos de vista são convergentes. O que o embaixador fala é tido como sendo a fala do seu presidente para o outro presidente. Lembremos que o Deus Pai tem sua identidade e Jesus tem também a sua. Um, pois, não é o outro. E ensinou Jesus que o Pai é maior do que Ele (João 14: 28). É maior porque Deus Pai é o Deus único e verdadeiro. Se Jesus fosse também Deus verdadeiro e absoluto, Ele e o Pai seriam do mesmo tamanho em poder divino, não havendo um maior nem outro menor do que o outro.
Sei que os teólogos dizem que o Pai é maior do que Jesus no sentido de que Jesus é também homem, e não no sentido de que Ele é Deus. Mas que Ele é um homem não se discute, pois temos certeza disso e é bíblico. Agora, os teólogos, sem o respaldo da Bíblia, o transformaram em outro Deus absoluto, quando Ele, como já vimos, só o é relativo, pois o cristianismo não é politeísta. E Ele era o Verbo de Deus, sim, e o Verbo era Deus, mas relativo, e não absoluto, pois é Filho de Deus. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2: 5). E se Jesus fosse Deus mesmo absoluto, Ele não poderia transformar-se, tornando-se homem, pois Deus é imutável!
PS: 10ª Semana Espírita de Barra do Garças e Região (MT), de 12 a 17.10.2015, às 19h30, no anfiteatro Fernando Peres de Farias. Uma realização da Comunidade Espírita do Médio Araguaia. Farei a palestra do dia 16: “A família de Jesus”.
Se Jesus fosse Deus mesmo, seria imutável, e não viraria homem
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