Quem me conhece sabe que eu sou um alucinado por basquete. Das noites de NBA na Rede Bandeirantes, sob o comando do grande Luciano do Valle, ainda criança, ao ‘jeitinho’ que sempre arrumava de fisgar uma transmissão ou outra da liga norte-americana na casa de amigos que tinham acesso à TV a cabo, algo que era um grande luxo para as famílias brasileiras há algum tempo.
A NBA tem o seu status. Me recordo da emoção de ter pisado no Madison Square Garden, a “Meca” do basquete norte-americano, para um jogo do New York Knicks, que nem é o meu Los Angeles Lakers. Mas, poxa, é simplesmente o Knicks.
A NBA está em outro nível. Uma liga que valoriza o torcedor: o consumidor final e o grande responsável pelo sucesso financeiro do empreendimento. E a modalidade, muito mais do que um esporte, absorveu o caráter social de inclusão, trouxe a cultura do Hip Hop e tornou-se um estilo de vida. Mas, acima de tudo, o sucesso da NBA deve-se ao fato de o basquete ser um esporte global. E é esse o grande motivo dessa coluna. Existe um projeto muito sólido e competente no Brasil em relação à modalidade, que já deu dois títulos mundiais ao país no século passado.
Os insucessos da seleção e a péssima gestão da Confederação Brasileira de Basquete estão sendo salvos pelo profissionalismo que toma conta do NBB, o novo Basquete Brasil, há alguns anos. O sonho de passar o controle do torneio nacional aos clubes, tirando essa responsabilidade da Confederação, chegou a um estágio tão surpreendente de sucesso que vemos o NBB tendo transmissões regulares na TV aberta, fechada e nas redes sociais semanalmente. Um passo que distancia a Liga das demais competições esportivas do país. Exemplo até para o futebol, que sempre sonha com a possibilidade de se desvincular da CBF e monetizar o Campeonato Brasileiro, assim como a Premier League.
O processo não foi fácil. Aliás, paciência é uma das grandes dificuldades do brasileiro, que sempre quer o resultado para agora. Mas a introdução de práticas profissionais, além de uma parceria fortuita com a NBA, vem fazendo com que o NBB avance. A grande comprovação disso foi a belíssima festa promovida ontem em mais uma edição do Jogo das Estrelas, que contou com mais de 10 mil pessoas no Ibirapuera e foi transmitido em rede nacional pela TV Globo, no Twitter e depois no SporTV. Evento realizado nos moldes da NBA.
O nível organizacional fez o levantador William, ex-Sada Cruzeiro e hoje no Sesi, revelar a inveja de não ter algo assim na Superliga de Vôlei. O NBB possui hoje um patrocinador master consolidado e teve em seu Jogo das Estrelas um número recorde de investidores. E pensar que até pouco tempo, muitos davam o basquete nacional como terra arrasada.
Por isso, você que ama esporte, deve dar uma chance não apenas à NBA, mas prestigie o que os brasileiros têm feito. O Minas Tênis é o representante de BH no NBB e joga regularmente na arena da rua da Bahia. No próximo confronto dos mineiros, compareça e confie no processo. Quem sabe, dentro de mais algum tempo, este ‘boom” não nos faça novamente comemorar glórias no basquete?
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