No domingo passado, conversando com uma amiga ao telefone, ela me fala do livro que acabara de ler: “Meu Pescoço É um Horror”. Diz que se divertiu com a escrita despretensiosa e hilária da autora e que se identificou com suas histórias em vários momentos.
Também disse que no livro existe um capítulo cujo título é “Eu odeio a minha bolsa”. Rindo, diz que, da primeira à última linha, se lembrou da amiga aqui: euzinha, com minha enorme e superlotada bolsa. Lembra que essa é uma mania antiga minha, afinal, desde menina, do alto do meu 1,56 m, carrego uma quase mala, cheia de tudo e mais um pouco.
Curiosa, minha amiga me pede para abri-la e dizer o que tem dentro. Vou ao armário, abro-a e despejo tudo na cama. Socoooorro!!! Eram tantas coisas espalhadas que, em vez de enumerá-las, tirei uma foto e mandei pelo celular. Rimos demais.
Quatro batons, um lápis de sobrancelha, um lápis de olho, um gloss, um espelho enorme (presente dela para mim), uma caneta Bic, um estoque de Neosaldinas, fio dental, escova de dente, gominhas de cabelo, uma pinça, um chocolate, balas Chita, filtro solar, talão de cheque, uma agenda com milhões de papeizinhos dentro, óculos de leitura, óculos escuros e suas respectivas bolsinhas, um chaveiro, lencinhos de papel, uma carteira repleta de documentos, cartões, dinheiro, moedas, fotos da família, bilhetinhos, cartão de crédito, cartão de visita etc., etc. E, para completar o caos, um iPad. Isso mesmo! Tudo bem que nem sempre ele vai junto, já que o iPhone, inquilino-mor de minha superbolsa, me disponibiliza a internet quando necessário.
Chocada com o que vi, aproveitei para dar uma esquematizada na coisa, mas constatei, desalentada, que a maioria voltou ao lugar de antes. Ou seja, assim como a da autora, minha bolsa é um horror, mas não consigo me desfazer dela, e isso é um problema, igual às bolsas minúsculas que somos obrigadas a usar em casamentos ou eventos sociais. O celular, um batom, um documento e basta, já que não cabe mais nada – para o meu desespero.
Só mesmo a bolsinha de uma convidada do casamento de uma amiga para fazer milagres. Tropeçando na escada, na hora de sair, deixou sua bolsinha cair, espalhando no chão os poucos objetos de sempre e meia dúzia de docinhos.
Muitas das coisas que carrego nem são para mim. A “farmácia”, por exemplo, com seu estoque de Neosaldinas, é extremamente requisitada. Já as carrego para isso. É raro o dia em que não vem alguém me pedir o milagroso comprimido marrom... Dor de cabeça? Pede pra Laurinha... (logo eu, que raramente tenho dor de cabeça).
Também a agenda é questionável. Se tem iPad e computador, por que não usá-los para esse fim? Perguntam-me. E eu respondo: porque gosto de papel, de escrever e rabiscar coisas. As agendas são mais portáteis. Dentro delas carrego parte da minha vida, são quase que o meu diário, tantas são as anotações...
Portanto, apesar dos pesares (e do peso), e ao contrário da autora do livro citado, eu amo a minha bolsa.
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