Existe um ditado que diz que roupa suja se lava em casa, mas é incrível como tem gente que adora levar para as redes sociais sua trouxa, bacia d’água e sabão em pó.
De vez em quando, elas aparecem expondo mazelas, desavenças e baixarias, com todos os devidos e indevidos pingos nos is, de seu ex, aquele “safado, cafajeste, ordinário, preguiçoso, grosso e tapado”, ou então da amizade “falsa, traidora, invejosa, interesseira, rameira e mal-amada”, que terminou num barraco homérico, provavelmente por causa do safado, cafajeste, ordinário... e por aí vai. Entre curtidas e carinhas de espanto, a postagem corre solta. Alguns comentários jogam mais lenha na fogueira, enquanto a turma “do deixa disso” pede calma e ponderação. Enfim, aquilo que diz respeito aos dois ou aos três acaba sendo noticiado ao mundo. E nós, expectadores dos desequilíbrios alheios, pensamos que o (a) manifestante carece de ajuda psicológica ou de noção. Normalmente, da última.
E fico aqui pensando nos tantos “sem noção” que no dia a dia dão o ar de sua graça.
Me pergunto, por exemplo, o que nosso presidente interino foi fazer na escola de seu filho, acompanhado da esposa, de seguranças e da imprensa? Detalhe: imprensa previamente avisada. Isso tudo para buscar um Michelzinho envergonhado sob holofotes e aparatos. Afinal, como explicar para os coleguinhas tamanha confusão?
Menos mau que era criança, porque, se fosse adolescente, ele, o presidente, teria sérios problemas.
Pior foi o pai de um garoto americano, que, para fazer surpresa ao filho aniversariante, resolveu alugar um helicóptero para ir buscá-lo na escola. Final da história: uma dezena de janelas de vidro quebradas, um monte de gente assustada, um diretor indignado e um garoto querendo morrer no dia do aniversário.
E os sem noção continuam...
Praia do litoral baiano, dois mil e alguma coisa, eu, quieta no meu canto lendo um livro, quando, de repente, sob um barulho ensurdecedor, vejo descer, próximo a mim e aos inúmeros banhistas, um helicóptero. Fecho os olhos para me proteger da areia que voava junto com toalhas, guarda-sóis e saídas. Até que, finalmente, veio o silêncio. Estáticos, eu e os da areia, vimos sair lá de dentro um senhor patético com seu boné “I love Miami” e ares de rei da cocada preta, acompanhado de sorridentes criaturas siliconicamente avantajadas. O dono do bar comenta: “Não é a primeira vez que ele faz isso!”
Olhando a figura a minha frente, sinceramente, não duvido! Um sem noção, sem educação, sem berço, sem respeito, sem nada!
Para finalizar, me lembro da “prefeita ostentação”, aquela que fraudou licitações e desviou verbas de uma cidade pobre do Nordeste, chamada Bom Jardim. E que ainda teve a cara de peroba de escancarar nas redes sociais fotos e comentários ostentando luxos e frivolidades, despertando a atenção do Ministério Público. Menos mau que ela está usando tornozeleiras no lugar de joias compradas com dinheiro público.
As histórias são muitas, os motivos, os mais diversos, e os sem noção estão aí, à solta igual Pokémon. Ou melhor, pelo jeito, não estão nem aí!
Haja semancol!!!
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