O Atlético só jogará a Copa Libertadores de 2018 se o Grêmio for campeão da atual edição e se algum brasileiro vencer também a Copa Sul-Americana. Pelo Galo, e apenas pelo Galo, não merece. A minha paciência, principalmente em Belo Horizonte, se esgotou.
Enxergar a realidade se faz necessária, e não apenas iludir o seu fiel torcedor. Hoje, o Atlético não tem condição técnica de brigar no topo. Estou esperando uma sequência favorável desde maio e esta dificilmente virá.
Em alguns momentos do ano critiquei bastante a postura da diretoria e da própria comissão técnica em questão, mas, mesmo assim, não entendia os motivos que faziam o time oscilar tanto.
As trocas de treinadores se mostraram terríveis com o tempo. Nem Oswaldo de Oliveira, que não carrega a mesma obrigação de resultados que Roger Machado, por exemplo, consegue tranquilidade para tentar ao menos armar o time de forma consistente.
E a falta de tempo para treinamento, em conjunto com a necessidade de vitória dos adversários, atrapalham muito.
O empate com o Botafogo, no Independência, conseguiu tirar a minha crença em um final de temporada acima dos demais. Era a chance do Galo conseguir chegar e brigar de uma vez por todas por uma posição no continental, que seria a sexta consecutiva.
Outro fator que derruba o Atlético é a inconstância dos jogadores. O atacante Fred voltou a marcar, mas passou bons jogos em jejum. Robinho, que brilhou no clássico, em processo de renovação contratual, tenta se reencontrar com Oswaldo, mas ficou o ano inteiro devendo. E ainda tem Elias, que fez um primeiro semestre razoável, enquanto meses de setembro e outubro para esquecer. Sem contar Cazares, que tem dificuldade em manter seu rendimento na própria partida.
Não adianta. Para se formar esquadrões vitoriosos é preciso que suas peças se encaixem de maneira certeira e que elas sejam regulares ao longo da temporada. Dizer que o Atlético criou contra o Botafogo mas teve azar no arremete, é uma maneira simplista de ver que o ano do time foi muito mais do que casos isolados de falta de qualidade. Definitivamente, cair para o Jorge Wilstermann, da Bolívia, já mostrava que a coisa não andava bem pelos lados de Vespasiano.
O Atlético é tão inconstante que consegue fazer campanhas completamente diferentes em um mesmo Campeonato Brasileiro. Enquanto é o segundo melhor visitante, atrás apenas do líder Corinthians – são 26 pontos em 15 partidas – é o terceiro pior mandante, com medíocres 16 pontos em 16 jogos. É basicamente aproveitamento de rebaixado. Hoje a equipe é décima colocada, com 41, cinco atrás do Flamengo, atual sétimo colocado.
É difícil até entender os motivos que levaram o estádio Independência, que anos atrás era tido como cemitério dos adversários, hoje se tornou a sua própria cova. Acredito que a pressão interna, de um clube com um investimento tão alto, tenha prejudicado a performance na capital mineira. A tal “obrigação de título” pode tirar, inclusive, o que era a obrigação natural: a oportunidade de tentar sua segunda Libertadores.
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