Enquanto pensava no tema que traria para esta primeira coluna no SUPER FC, fui surpreendida pelo contato de algumas estudantes de jornalismo que sonham em trabalhar com a cobertura esportiva. Nas mensagens que trocamos, elas expuseram suas dúvidas, pediram conselhos e mostraram toda a paixão pelo universo do esporte – algo que me encheu de entusiasmo e felicidade.
A conversa com as garotas me fez voltar no tempo, mais precisamente a fevereiro de 2010. Aos 20 anos, eu iniciava minha caminhada no jornalismo cheia de sonhos, mas sem saber muito bem por onde começar. Eu era a única mulher na minha turma que queria trabalhar com esporte. Hoje, vejo que as faculdades têm recebido mais e mais garotas com o mesmo propósito, e eu, simplesmente, não paro de me orgulhar delas.
Desde criança ouvimos que mulher não entende de futebol. Antes de ser jornalista, eu era torcedora. Muito, inclusive. No colégio, eu sempre estava junto com os meninos, discutindo a rodada do fim de semana, falando de clássico, indo pra aula com camisas de time por baixo do uniforme. Esse sempre foi meu universo, e eu dei um jeito de encaixá-lo na minha profissão.
As mulheres que se deixam levar pela paixão por um clube sabem quão difícil é ter que provar o tempo todo que também podem pertencer a esse mundo sem ter sua capacidade ou entendimento sobre o assunto testados o tempo inteiro. Os clubes, a mídia e a sociedade, de um modo geral, ainda têm resistência em admitir que a mulher pode ser tão consumidora do futebol quanto os homens.
Não se engane: mulher compra ingresso, camisa de clube, vai ao estádio, come tropeiro, bebe cerveja e paga mensalidade de sócio-torcedor. Uma mulher apaixonada por futebol, assim como qualquer torcedor, não é parada por ninguém. A gente leva esse amor por onde quer que a gente vá e da forma mais genuína que se possa imaginar.
Cobertura esportiva. Falando especificamente das mulheres no jornalismo esportivo, o crescimento no número dessas profissionais é bastante significativo. Temos uma geração, principalmente de repórteres, talentosa e que possui muito conhecimento sobre o assunto. Talvez a maior de todos os tempos. Pouco a pouco, muitas delas têm-se tornado setoristas de grandes clubes Brasil afora e ocupado cargos de destaque em âmbito nacional – algo raríssimo de se ver na última década, por exemplo.
Ver diversas mulheres no estádio, nos veículos de comunicação, na arbitragem e nas faculdades de jornalismo é encorajador e gratificante. Muitos podem pensar que não, mas existe uma bonita união entre nós em prol da paixão pelo futebol. Por isso, com a intenção de trazer discussões e reflexões que vão além das quatro linhas, dividirei esse espaço com Ana Paula Moreira, redatora do caderno SUPER FC, que é quem escreverá para vocês na próxima semana. Até o nosso próximo encontro, fica o convite para que você acompanhe, além deste caderno, o trabalho realizado na rádio Super Notícia FM, na qual faço parte da equipe de esportes com muita satisfação.
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