Valace tem 92 anos de vida e de experiência. Vive em Sete Lagoas, agitando, lendo jornais, falando e dando palpite em tudo à sua roda. É dele a frase de que “perder a eleição só é ruim no dia da derrota e ganhar só é bom também, no dia da vitória. Depois...” Sofre quem acredita em realidade diferente dessa.
A presidente Dilma Rousseff bateu nos bancos como os grandes vilões das dificuldades da nossa economia. Criticou a candidata Marina Silva pela sua afinidade com Neca Setúbal, que embora herdeira do Banco Itaú, é também reconhecida educadora. Gritou aos quatro ventos que era preciso uma tomada de posição contra o apetite dos banqueiros, impossível de ser conciliado com a necessidade de se fazer com que o país tenha um financiamento adequado da produção industrial, da oferta de serviços e do agronegócio.
Vencida a eleição, Dilma convidou o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, para ser ministro da Economia, que não aceitou, mas indicou Joaquim Levy, também do Bradesco, para ocupar a pasta. Levy chegou disposto a colocar a casa em ordem. Mas que ordem? A que virá da alta dos juros, da majoração de impostos e dos cortes no orçamento? Não se pode dizer que a presidente Dilma queira, com essas medidas, melhorar o cenário da produção e priorizá-la frente à especulação diuturna do sistema financeiro.
Dilma e o seu PT acenaram com o combate ao inchaço da máquina pública, e o que se está assistindo é o vergonhoso loteamento de ministérios, do comando de empresas públicas, da Caixa, dos bancos públicos e autarquias que detêm poder político. Na verdade, tudo é moeda de troca na conservação de poder político; onde ele não está, cria-se uma forma de tê-lo.
O governador Fernando Pimentel afirmou durante sua campanha que iria desconstruir estruturas de poder erguidas em governos anteriores, pouco afeitas às bandeiras de seu partido e dos grupos que o apoiaram. Pimentel prometeu enxugar a folha de pagamentos, rever contratos e a relação das poderosas Cemig e Copasa com empreiteiras, fornecedores e acionistas, que sabidamente mandam, mandam, senhor governador, naquelas empresas.
Prometeu chamar à mesa os sócios da Codemig no projeto do nióbio de Araxá, empreendimento que é um filé de resultados, sobretudo para os felizes sócios do Estado de Minas Gerais.
Prometeu reduzir o festival de cargos comissionados, orientando as ações do Estado para as suas responsabilidades genuínas. Prometeu políticas de desenvolvimento para regiões esquecidas de todos os governos, como o Norte de Minas e o Vale do Jequitinhonha.
Prometeu rever as regras de licenciamento ambiental, de forma a se preservar o respeito ao meio ambiente sem criminalizar e atrasar o desenvolvimento da atividade industrial e do agronegócio. Prometeu o apoio à educação através de um projeto que não se limite à majoração de salários de professores. Minas precisa de políticas de educação, que melhorem os resultados e a oferta desses serviços.
Prometeu melhorar a segurança, valorizando ações de inteligência e prevenção e, não apenas, comprando viaturas. Prometeu criar uma política de concessões de forma a possibilitar ao capital privado o atendimento de demandas para as quais o Estado não tem recursos ou vocação gerencial.
Prometeu-se muito. Estamos no início de um novo tempo. Espera-se que Valace não tenha razão, na avaliação de todos os governos.
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