Não quero aqui fazer o papel de advogado do reino animal e muito menos ser ambientalista de plantão, mas tem certas coisas que são difíceis de entender e sem entender não temos como explicá-las. O racismo, como definição, é a convicção sobre a superioridade de determinas raças, com base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano. No futebol brasileiro, o apelido de jogadores sempre fez analogia a outras espécies. Só que existem alguns nomes que os costumes consagraram como “impróprios”. Já tivemos Leão, Pantera, Onça, Pitbull. Hoje convivemos com Mamute, Urso, Aranha, Ratinho, Coelho, Minhoca e tantos outros. O aviário futebolístico também é extenso. Pato, Ganso, Gallo, Sabiá, Coruja, Mosquito e por aí vai. Mas tem um animal que é proibido de fazer parte do mundo esportivo. Não seria discriminação deixar o pobre do Macaco fora dos campos de futebol? Temos a Macaca como mascote de um dos mais antigos clubes do futebol brasileiro, a Ponte Preta. Será que Macaca pode, Macaco, não? Difícil entender isso, não? “Macaco” é um termo de origem africana, utilizado como designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropóides. O Brasil está cheio deles.
América. Ainda não consegui entender o comportamento que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva adotou para punir o América. Pensei em preconceito, arrogância, prepotência, até mesmo em racismo. O erro não foi cometido só pelo América. Foi um erro involuntário coletivo. Antes de punir, os ilustres desembargadores deveriam pensar em educar.
Cruzeiro. Existe um provérbio que diz que, “contra a força não há resistência” e a força do time do Cruzeiro tem anulado qualquer tentativa de reação. Mais algumas poucas vitórias e a torcida poderá ir para as ruas comemorar o título. Não adianta os adversários ficarem fazendo conta. Este brasileiro já era. Para o bem o futebol vai vencer o melhor, que não é só melhor, é bem melhor.
Comando. Não deve estar sendo nada fácil para Marcelo Oliveira controlar o grupo que está prestes a levantar mais um caneco. São 30 para 11 camisas. Todos acham que têm condições de jogar, mas precisam respeitar e aceitar a decisão do comandante, que também comete seus erros, mas não abre mão de suas convicções.
Clássico.Se é para partir do princípio que no clássico nem sempre vence o melhor, o torcedor atleticano poderá ficar esperançoso, porém não muito. Time por time, o Cruzeiro é bem superior e tem jogado o fino da bola no Mineirão. São duas forças que dominam o futebol brasileiro nos últimos quatro anos. Sem dúvida vai ser um grande jogo. Quem não for vai se arrepender.