Não se trata de saber quem foi o melhor presidente da história do Atlético. Muitos foram importantes em suas épocas para pavimentar esse caminho de sucesso que transformou o clube em um dos maiores do nosso futebol. Elias Kalil, que comandou o clube de 1980 a 1985, formou um dos grandes times da história. Já Alexandre Kalil, o filho que trilhou os caminhos do pai, dentro e fora do clube, pode se gabar de ter dado ao Atlético os seus maiores títulos. Dono de frases fortes, temperamento explosivo e momentos de paz e amor, Alexandre Kalil fez muito mais do que montar time e ganhar títulos. Ele resgatou o orgulho do torcedor, saneou as finanças de um clube que estava à beira da falência, construiu um dos melhores CTs do Brasil, contratou o melhor jogador do mundo e devolveu o respeito às cores alvinegras. Não fez sozinho, logicamente, mas tem também o mérito de saber escolher os seus colaboradores. Não foi fácil. No comando do Atlético desde 2008, Kalil também errou muito, mas parece que aprendeu com esses erros. Alguns projetos fracassaram, mas esses erros foram superados, e muito, pelos acertos. Para fechar com chave de ouro essa sua passagem pela presidência do Atlético, Kalil sonha com a construção de um estádio digno da grandeza do clube.
Ressalvas. A conquista da Recopa foi merecida. O Atlético jogou 220 minutos com garra. Mas essa conquista não pode esconder os problemas do time, que são muitos. Neste momento, o Atlético tem apenas cinco jogadores em boa fase. Victor, Réver, Leonardo Silva, Luan e Tardelli. Levir Culpi vai ter que trabalhar muito para que o brasileiro não se transforme em sofrimento.
R10. Na minha modesta opinião, Ronaldinho já fez o que tinha que fazer no Atlético. Ele foi muito importante para o clube, dentro e fora do campo. Foi um grande orgulho para o atleticano ter o melhor jogador do mundo vestindo a camisa alvinegra. Penso que o ciclo deveria ter terminado no fim de 2013. Teria sido bom para os dois lados. Ele será inesquecível.
Datas. O dia 25 de março é famoso por ser aniversário do Atlético. Em BH, é também o dia do atleticano. Uma lei municipal de 2007, de autoria do vereador Reinaldo Lima, reforça a data. Mas o dia 24 de julho entra para a história. A conquista da Libertadores e da Recopa aconteceram em um 24 de julho.
Dois lados. Foi mais um jogo de muito sofrimento para a Massa. Em campo, sobrou emoção, fora dele, reclamação. Filas, aglomerações, pessoas pulando catracas, brigas e desrespeito aos torcedores. Para jogar no Mineirão, o Atlético ganhou 56 mil ingressos e a verba do estacionamento. Somando aos U$ 300 mil da Conmebol, a Recopa rendeu ao clube cerca de R$ 8 milhões.