Li algumas colunas suas, e elas me fizeram refletir bastante sobre a minha situação financeira. Trabalho no comércio e, no ano passado, estava conseguindo controlar bem minhas finanças. Não estava com nenhuma dívida. Neste ano, o ramo em que eu atuo caiu bastante. As vendas despencaram, e parte da minha renda, que são as comissões de venda, também caiu. Com isso, passei a ter dificuldade de pagar minhas contas. Muitas delas subiram bastante. A escola do meu filho, a conta de luz e o supermercado, por exemplo. Quase morro de susto a cada vez que tenho de ir ao supermercado. Quem dera se a inflação estivesse como o governo fala. Os produtos estão subindo 20% ou mais. Já tentei reduzir ao mínimo as minhas despesas. Tudo que podia ser cortado já foi. Mas, mesmo assim, a conta não está fechando. Já estou devendo um dinheiro para o meu pai, que, graças a Deus, sempre me ajuda quando eu preciso. Das contas mais pesadas, tenho a mensalidade da escola do meu filho e a prestação do meu carro. Ele ainda me gera alguns outros custos, como combustível, estacionamento (onde trabalho é praticamente impossível encontrar vagas), seguro e IPVA. Mas o problema é que a educação do meu filho é uma das coisas que jurei jamais abrir mão. Acredito que uma boa educação é a única coisa realmente importante que posso dar para ele. Acho que uma boa educação será a base para que ele possa progredir na vida. É o meu sonho como mãe. Já que não quero, em hipótese alguma, tirá-lo do colégio, resolvi colocar meu carro à venda. Da minha casa ao trabalho preciso pegar somente uma condução e meu bairro é bem servido de comércio (supermercado, padaria, farmácia). Neste fim de semana, já coloquei um anúncio para vender o carro. O que você acha da minha decisão? (Janaína – Belo Horizonte)
Janaína, gostaria inicialmente de parabenizá-la por compartilhar conosco a sua história.
Infelizmente, muitas famílias brasileiras estão vivendo um drama semelhante ao seu. Com o aperto na vida financeira (pela diminuição dos ganhos ou pelo aumento dos gastos), estão diante de uma realidade onde não é mais possível manter o mesmo padrão de consumo. Terão necessariamente de abrir mão de algo. Caso contrário, ficarão com seu orçamento desequilibrado e o endividamento será o próximo passo. E abrir mão de qualquer tipo de conforto duramente conquistado é muito difícil. Não é fácil dar um passo para trás. Mas é preciso compreender que no momento, talvez seja essa a única saída.
E você está conseguindo fazer isto preservando o seu maior sonho: propiciar uma boa educação para o seu filho. Na hora que precisamos fazer escolhas é importante estar bem claro quais são as nossas prioridades. E, muitas vezes, acabamos guiando nossas decisões por outras questões. Preocupamo-nos com o que os outros irão dizer. O que vão pensar se eu vender o meu carro? O que vão falar lá no serviço? Para responder estas questões, costumo ser bem direto. Digo que as pessoas não têm que falar nada, que pensar nada, afinal, nenhuma delas ajuda a pagar as minhas contas.
Em 2016, é importante melhorar os hábitos financeiros. Invista em sua educação financeira!
Mandem dúvidas e sugestões para o e-mail carloseduardo@harpiafinanceiro.com.br
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