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Família Nogueira vende supermercado Epa para os outros dois sócios
O setor supermercadista em Minas Gerais passa por mudanças. Informação a que a coluna teve acesso indica que Vicente Bretz e Valter Arantes compraram os 50% da família Nogueira – José e Levi – na DMA Distribuidora, rede que congrega Epa Plus, Mart Plus e Via Brasil. Um dos compradores, Valter Arantes, é sócio na DMA Distribuidora e no Supermercados BH, outro gigante do setor, e que figura em oitavo lugar no ranking nacional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). E Vicente Bretz, o outro comprador, é sócio da DMA.
Na DMA Distribuidora ninguém fala sobre o assunto. A assessoria de imprensa disse que na segunda-feira haverá um diretor lá. No Supermercados BH, também fica o silêncio, e a assessoria pediu que procurasse a DMA. Fonte do mercado contou à coluna que a divisão foi assim: a família Nogueira – José e Levi – ficou com a rede Via Brasil (três lojas) e a marca Mart Plus (oito) para, “se quiserem, no futuro, montar uma outra rede”. A rede Epa Supermercados possui 83 pontos de vendas distribuídos em Minas e Espírito Santo, de acordo com o site da DMA.
História dos acionistas
Os sócios Vicente Bretz, Valter Arantes e Ronosalto Neves começaram no setor com o supermercado Mineirão, que foi vendido para o Carrefour. Depois, os três compraram 50% dos irmãos Nogueira na DMA, mas Ronosalto saiu da sociedade e vendeu sua parte para Bretz e Arantes.
Valores
No setor, dizem que, há três anos, quando Ronosalto Neves vendeu a parte dele de 16,6% na DMA para Vicente Bretz e Valter Arantes – que ficaram com 50%, e a família Nogueira com os outros 50% –, só pelo fundo de comércio, Neves teria recebido entre R$ 160 milhões e R$ 200 milhões.
Cifras
No mercado, ninguém arrisca o valor do negócio entre a família Nogueira e os sócios Vicente Bretz e Valter Arantes.
Oligopólio
Um professor do Ibmec, o doutor em economia Felipe Leroy, disse que existe um oligopólio no setor. É que nos últimos cinco anos, as grandes redes de supermercados passaram a dominar o varejo no Brasil e acabaram engolindo os pequenos nos bairros. Com isso, eliminou-se a concorrência, que passou a ser entre as redes maiores.
193,4 bilhões de reais faturaram os 50 maiores do país
Realidade
Para o professor do Ibmec Felipe Leroy, a guerra de preços direta entre redes como Epa, Carrefour e Supermercados BH tem sido muito intensa, e isso cria um problema sério. “A tendência é eliminar um grupo do mercado e ocorrer aquisições. Assim, ficam somente os grandes”. Para Leroy, a concentração no setor é algo ruim, porque reflete nos preços piorando as cifras. “A tendência é de ficar grandes players e redes mineiras acabem sumindo”.
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