Belo-horizontino, jovem, empresário e apenas 28 anos, Clemente Faria Júnior é pós-graduado em finanças pelo Ibmec e atualmente faz MBA pela Fundação Dom Cabral. Está há 11 anos no ramo automotivo e atualmente é diretor do Grupo MinasMáquinas/Bamaq. O gosto pela velocidade e pela beleza dos carros inspirou a vocação para os negócios, os amigos e o valor de bons relacionamentos.
Filho de peixe, peixinho é?
Impossível não ser, tendo convivido tanto e tão de perto com ele (o empresário Clemente Faria Neto, morto num acidente aéreo em julho de 2012, em Angra dos Reis).
Além do bom caráter, o que mais herdou do pai gente boa?
Eu o considero um cara nota mil. Acho que consegui herdar um pouco da sua capacidade de fazer bons e sinceros amigos. Ele era um agregador. Gente fina.
O gosto por automóveis e corridas, também?
A corrida veio no sangue, sim. Eu nasci vendo meu pai correr e assistindo suas corridas pela televisão. Sempre pedi um kart para ele, e, finalmente, quando eu tinha 7 anos, ele me deu. Na verdade, ele não tinha muita paciência (ou talvez medo de me ver correr) para me levar às corridas e aos treinos, então, colocou um amigo e companheiro de corrida (Robertinho Mourão) para me acompanhar durante as provas. A relação com meu pai nas corridas era ótima, pois ele ia me ver correr sem nenhum compromisso, e nós conversávamos bastante sobre estratégia, mudanças de acertos no kart, inovações e histórias do passado. Um papo leve e que muito me ensinou, tanto no mundo das corridas quanto na vida. Pela influência do meu pai, entrei para o esporte e hoje vejo que foi a melhor iniciativa para meu desenvolvimento como pessoa. Indico a vários amigos a fazerem o mesmo com seus filhos.
E o sangue do avô, o banqueiro Gilberto Faria. Corre em sua veia o cunho empresarial desde então nesta terceira geração de feras?
Convivi pouco com meu avô e muito do meu pensamento vem do convívio com meu pai. Ele é a minha grande referência.
Sua passagem à frente da presidência da ACMinas Jovem deu um embasamento para este momento de sua vida?
A passagem pela ACMinas Jovem foi espetacular. Uma experiência única, que me abriu a cabeça para vários temas e segmentos que pouco conhecia. Além disso, fiz vários amigos e criei uma excelente rede de relacionamentos. Aliás, tenho observado a cada dia quão importantes são os relacionamentos para nossa vida. O mais legal dessa passagem é ver que, de alguma forma, criamos uma continuidade no modelo de gestão na ACMinas Jovem, pois após o meu mandato já estamos no terceiro presidente, e vejo que a entidade está só melhorando. Isso me deixa muito feliz.
E a vida de casado? Fale um pouco do casamento encantado na ilha de Turks e Caicos. Sonhos são para serem realizados sobretudo aqui na terra também?
A vida de casado é boa demais! Se eu soubesse que era tão boa, tinha me casado antes (risos).