Lenta e na contramão
Enquanto as grandes metrópoles são rasgadas por vias expressas, viadutos e trincheiras, que ajudam a fluir o trânsito urbano/metropolitano, aqui o caminho é inverso: BH está infestada de pardais. A praga não é de passarinhos, mas de radares. Para que temos carros cada vez mais potentes e seguros, se os principais corredores da cidade e também trechos da BR-040 (na saída para Brasília, já sob concessão) restringem a velocidade a 60 ou 70 km/h? Coisa de louco!
Na contramão e atrasada
É tanto pardal que basta um descuido e o motorista toma multa. Está “facinho” ultrapassar os 19 pontos na carteira. “Um carro a mais de 60 km/h pode diminuir as chances de sobrevivência em caso de atropelamento. Porém, os radares não ficam onde há pedestres – são instalados onde não são percebidos (encobertos por placas ou árvores)”, comenta o consultor em assuntos urbanos José Aparecido Ribeiro.
Atrasada e excessiva
Para Ribeiro, a indústria da multa segue soberana, calçada na lei e no discurso politicamente correto de que precisamos desacelerar. “Se em BH, ao invés de 60 km/h, o limite fosse de 70 km/h, as multas por ‘excesso’ de velocidade cairiam 83%. É que a maioria dos motoristas são multados por uma diferença de 1 km/h a 5 km/h”.
Excessiva e precária
Pena que o Ministério Público pareça mais preocupado com maquininhas caça-níqueis. Ah! Além da absurda arrecadação dos controladores de velocidade, vale lembrar que já pagamos IPVA, fora os pedágios. Pergunta-se: a grana é aplicada na instalação de novos radares? Pela precariedade de nossas ruas e estradas, só pode.
Curtas e finas
Tem mais: pagamos pelos “pecadores”, os imprudentes ao volante, os que dirigem embriagados. É uma punição sem medida, como a Lei Seca: o motorista que tomou um chope ou taça de vinho é tratado como o motorista bebum.
E outra: como o trânsito de BH não flui, os detectores de avanço de sinal também podem ser uma “pegadinha”. Ao passar pelo cruzamento, com o sinal ainda verde e o trânsito lento, o carro acaba ficando preso nas faixas amarelas, pois de repente a via “entope”.
Além do constrangimento por atrapalhar o trânsito sem querer, ainda toma multa. Uma solução seria o marcador de tempo, deixando o motorista seguro para atravessar.
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