Mulheres flamencas
Se, como reza o clichê, todo dia é dia da mulher, podemos falar sobre o dia 8, o Dia Internacional da Mulher, em particular na Espanha, onde presenciamos um fato histórico, uma greve feminista gigantesca com protestos em todo o planeta. Quer dizer, todo é exagero, só onde tem mulher. Longe do politicamente correto das americanas e da ousadia do contra das francesas, as espanholas deram um show.
Mulheres de Madri
As calientes espanholas organizaram greve geral feminista para, claro, de novo e como sempre, pedir a defesa de seus direitos. Pedir não, exigir! A paralisação teve apoio dos principais movimentos sindicais e sociais. A atriz Penélope Cruz aderiu ao movimento com “motivos de sobra”.
Mulheres de Almodóvar
Greve assumida por 6 milhões de espanholas. Greve que fará história e escola. Greve de consumo, de cuidados domésticos, educação, trabalho; de tudo. E os homens ajudaram, apoiaram, tomando conta dos filhos, cozinhando, fazendo tudo para a manifestação dar certo.
Mulheres de Picasso
Foi na Espanha inteira. Cidades pequenas, com 200 mil habitantes, colocaram 100 mil almas nas ruas. As espanholas ganham, em média, 14,9% menos do que os homens para realizar o mesmo trabalho. Apesar da Espanha estar em uma posição melhor do que a média europeia, ainda falta muito para se chegar a uma situação de equilíbrio. Nada de novo, mas mais forte.
Mulheres de Esparta
Uma greve assim, tão bem planejada, ampla e bem-sucedida, pode mostrar resultados. Mesmo assim, é impossível não lembrarmos de Lisístrata, a peça, uma “comédia” famosa de Aristófanes, escrita e encenada na Atenas clássica, em 411 a.C., em homenagem ao “devasso” deus Dionísio. É um relato sobre as mulheres gregas, lideradas por Lisístrata. Certamente a mulher que inspirou, ao contrário, Chico Buarque em sua famosa canção “Mulheres de Atenas”. Na peça, as gregas deflagram uma greve sexual.
No Minas Tênis Clube, a aniversariante Cristina Pilo ao lado de Guilherme Simão
curtas e finas
Greve de sexo na Antiga Grécia? Sim. Mas para quê? Para forçar uma negociação de paz, uma estratégia ousada para acabar com a Guerra do Peloponeso.
No entanto, a greve provoca uma batalha muito mais “séria e mortal”, uma guerra entre os sexos.
A peça, com muita originalidade, expõe as relações sexuais em uma sociedade dominada pelos homens.
As comédias não eram apenas engraçadas, eram extremamente populares e abordavam questões políticas relevantes, com grandes críticas à sociedade.
Já no Brasil, movimentos feministas, sociais e sindicais, em São Paulo, pediam aborto seguro, o fim do feminicídio e da violência, a garantia de direitos, igualdade e liberdade.
No Rio de Janeiro, bem mais “Brasil” – o que não é nenhum elogio –, no mesmo Dia Internacional da Mulher, mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra invadiram o parque gráfico do Grupo Globo.
Invadiram portando facões! Ação “bem feminina, bem amável, amorosa, inteligente e eficaz”.
A Escola Americana de Belo Horizonte realiza a 5ª edição da Feira de Artes e Livros, no próximo sábado, às 9h, na sede da entidade.
O BH Outlet promove amanhã a segunda edição do Experiência Saúde.
O evento é gratuito, exclusivo para mulheres e terá palestras com profissionais da saúde, aulão funcional e experiência gastronômica fit.