Temer tem vivido tempos conturbados na Presidência. Enfrentou duas denúncias do MPF sobre obstrução da Justiça. Ambas barradas na Câmara dos Deputados. À difícil labuta de sua rotina diária, somam-se sérios problemas de saúde causados, também, por obstrução: urinária e coronária. A Câmara, ao contrário, jamais poderá aliviar os males de seu corpo. Pode, sim, agravá-los.
Há poucos dias, Temer foi submetido a uma angioplastia para desobstruir três artérias em seu coração e implantar dois “stents”. Seu cardiologista, dr. Roberto Kalil Filho, disse que, daqui para a frente, ele terá que seguir as recomendações comuns às pessoas que passam por esse procedimento, como cumprir dieta saudável, fazer exercícios físicos e tomar remédios diariamente. Com grande experiência em cuidar de políticos ilustres, junto à prescrição dos medicamentos, o dr. Kalil adicionou as seguintes orientações ao presidente enfermo.
Tomar pela manhã, em jejum, pantoprazol, para alívio dos sintomas por problemas no estômago. Esse remédio previne crises gástricas e náuseas, principalmente no cumprimento da agenda do toma lá dá cá com deputados que negociam apoio, caso a caso. É importante também para protegê-lo contra enjoos e gastrites causados pelos encontros não agendados no início da madrugada com empresários inescrupulosos.
Para impedir a formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos, assim permitindo-lhe sobreviver para passar a faixa presidencial a quem vier a sucedê-lo, deve tomar Brilinta rigorosamente de 12 em 12 horas até as próximas eleições. Uma recomendação prudente do doutor: manter sempre alguns comprimidos no bolso para não deixar de tomá-los, mesmo se, eventualmente, estiver impedido de voltar para casa.
Tomar Selozok para diminuir a pressão arterial. Esse comprimido reduz o esforço do coração, o que é importante nas ocasiões em que se sentir sob forte pressão política. Ademais, se outra denúncia chegar ao Congresso, Selozok pode evitar morte súbita.
Tomar rosuvastatina cálcica para ajudar na dieta, diminuindo o nível de gordura no sangue. É altamente recomendada para compensar os indigestos jantares com parlamentares para angariar votos necessários para aprovar os projetos de reforma.
Tomar losartana potássica para controlar a pressão alta e fortalecer o músculo do coração. Indicada para evitar o coração mole diante das intermináveis e crescentes demandas por aumento de gastos públicos e favorecimento político em tempos eleitorais.
Tomar, ainda, ácido acetilsalicílico para reduzir o risco de infarto e a formação de coágulos sanguíneos. Supõe-se que, ao afinar o sangue, a aspirina previna, também, os efeitos de congestionamentos provocados por grupos de interesse que frequentam seu gabinete e o Palácio do Jaburu.
Por fim, dr. Kalil recomendou caminhadas diárias, relembrando o alerta de Ulysses Guimarães: “Não ande tão devagar que pareça apegado ao cargo e nem tão rápido que pareça estar fugindo”.
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