Recentemente, falei neste espaço sobre o uso dos smartphones ao volante. Naquela oportunidade, disse que, assim como aconteceu com a Lei Seca, a fiscalização está atenta, e as multas estão correndo soltas. Não pense que fazer uso de seu celular enquanto o sinal estiver vermelho o isentará de ser punido.
Para os que ainda pensam ser permitido manusear o aparelho, mesmo sem estar fazendo ou recebendo chamada, vai uma advertência: o simples fato de segurar o aparelho ou ainda manuseá-lo digitando algo enquanto dirige é considerado uma infração gravíssima, e passou a render multa de R$ 293,47, com registro de sete pontos na carteira.
Vale lembrar que, de acordo com a Resolução 371 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), mesmo que o carro esteja parado no trânsito ou em um semáforo, o motorista ainda pode ser multado se for pego usando o celular. O correto é estacionar o carro em local permitido e usar o aparelho.
Mais do que pontos na carteira e prejuízo no bolso, utilizar o celular ao volante, como já é do conhecimento comum, tira a atenção do motorista. A distração dos condutores aumentou muito com a popularização dos smartphones. Para dirigir, é preciso estar atento a várias situações, aos pedestres, aos outros veículos e, claro, ao trânsito. O risco aumenta quando a atenção é dividida com o celular.
De acordo com estudos feitos nos Estados Unidos, dirigir com o telefone no ouvido dobra a chance de ocorrer um acidente. Já trafegar digitando uma mensagem aumenta essa possibilidade em 23 vezes. E, agora, chegam-nos mais informações preciosas e que corroboram ainda mais o perigo de conduzir o veículo conectado ao mundo virtual.
Um exemplo é o recente estudo inédito do Cesvi Brasil, que alerta para o risco representado pelo uso de redes sociais e aplicativos de mensagens ao volante. Distraídos com os smartphones, os motoristas brasileiros têm ficado, em média, até cinco segundos sem olhar para frente. O estudo constatou que, em um espaço de dez a 20 minutos dirigindo, o brasileiro permanece até 4,5 segundos sem olhar para o trânsito só para interagir com apps de mensagens e redes sociais em seus smartphones.
Na prática, segundo a pesquisa, seria como se o motorista estivesse guiando de olhos vendados. Na cidade, a 50 km/h, esse tempo é suficiente para o carro percorrer 62,5 m. Na estrada, a 100 km/h, seria como se o condutor estivesse às cegas por 125 m. Se distâncias em si não te chamam a atenção, seria como se você estivesse passando, sem perceber, por mais de 30 motos enfileiradas no trânsito da cidade. Ou, então, por mais de 25 carros populares em um congestionamento na rodovia. Foi constatado que o motorista não para o carro para executar tarefas corriqueiras como ler e responder o WhatsApp, abrir o Facebook, carregar o Instagram, o que coloca em risco a vida de muita gente.
Como podemos ver, é um problema dos mais graves da era moderna, e ainda estamos longe de uma solução que possa minimizar os riscos.
É o tal círculo vicioso. Ao pegar o volante, todos se propõem a dirigir de maneira segura, mas ao mesmo tempo a curiosidade de dar uma espiada nas redes sociais faz com que as pessoas cometam infração de trânsito e corram riscos desnecessários.
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