Transcorria o ano de 1989, em plena efervescência da campanha eleitoral, que viria a eleger Fernando Collor de Melo, então conhecido como “o Caçador de Marajás das Alagoas”, como presidente da República. Eram muitas as promessas dos candidatos. Uma das que mais contribuíram para o incentivo ao voto no candidato “colorido” foi a de passar a limpo a história de nossa indústria automobilística, começando com a abertura das importações. Pelo menos esse crédito não se pode tirar de Collor, que acabou sofrendo um processo de impeachment e teve seus direitos políticos cassados por oito anos. Mas isso é página virada na história.
Voltando a nosso assunto, assim que assumiu a Presidência, no começo de 1990, Collor fez cumprir o que prometeu e abriu o mercado de automóveis para os estrangeiros. E, de fato, foi esse o acontecimento mais importante que vivenciamos desde o começo da produção de veículos no Brasil. E quem fez a estreia no novo mundo que se descortinava para o consumidor brasileiro foi justamente a Lada, uma marca russa que trouxe o valente Niva, um jipão 4x4, robusto e meio desengonçado, mas que fez sucesso nos tempos em que foi importado para o Brasil.
A marca foi comercializada no país até 1997, quando a Lada se despediu, após vender pouco mais de 28 mil veículos, entre os modelos Samara e Niva. Ainda hoje algumas unidades seguem valente por trilhas, e é possível adquirir um modelo bem-conservado nos sites especializados em compra e venda de veículos.
Enquanto nada se tem de concreto sobre o retorno da Lada a nosso mercado, os modelos 0 km são vendidos no Chile, por meio de uma operação independente.
Para celebrar os 40 anos de fabricação do Lada Niva, a proprietária da marca, a russa AvtoVaz, está lançando uma edição especial comemorativa. Essa fornada de celebração pelas quatro décadas ininterruptas de produção do modelo está limitada a 1.977 unidades, alusão ao ano em que foi lançado. Em todos esses anos foram mínimas as mudanças na carroceria.
A série comemorativa conta com duas opções. A primeira, chamada de “Edition”, traz carroceria com pintura bege, vermelha, branca, marrom ou cinza-azulada, painel com grafismo vermelho-alaranjado, volante e bancos revestidos de couro e emblemas alusivos às quatro décadas de história. A série é especial, mas o interior é o mesmo das últimas décadas. Já a outra opção é denominada “40th Anniversary” e tem como principal diferencial a pintura camuflada, como em veículos militares. Todas as unidades terão placa numerada, de 0001 a 1977.
No Velho Continente começam a ser vendidos em junho. Uma curiosidade na Europa: lá, ele é chamado de Lada 4x4. Isso porque um exemplar idêntico, mas com a chancela da Chevrolet, também é vendido por aquelas bandas. A AvtoVaz se associou em uma joint-venture com a General Motors. Na essência, o Lada Niva segue quase idêntico à versão que causou furor na década de 1990, quando desembarcou no Brasil.
Para os mais saudosistas, a concessionária em Belo Horizonte credenciada a representar a Lada se chamava Eurocar, empresa do mesmo grupo da extinta Motorauto, revenda Chevrolet.
Clique e participe do nosso canal no WhatsApp
Participe do canal de O TEMPO no WhatsApp e receba as notícias do dia direto no seu celular
O portal O Tempo, utiliza cookies para armazenar ou recolher informações no seu navegador. A informação normalmente não o identifica diretamente, mas pode dar-lhe uma experiência web mais personalizada. Uma vez que respeitamos o seu direito à privacidade, pode optar por não permitir alguns tipos de cookies. Para mais informações, revise nossa Política de Cookies.
Cookies operacionais/técnicos: São usados para tornar a navegação no site possível, são essenciais e possibilitam a oferta de funcionalidades básicas.
Eles ajudam a registrar como as pessoas usam o nosso site, para que possamos melhorá-lo no futuro. Por exemplo, eles nos dizem quais são as páginas mais populares e como as pessoas navegam pelo nosso site. Usamos cookies analíticos próprios e também do Google Analytics para coletar dados agregados sobre o uso do site.
Os cookies comportamentais e de marketing ajudam a entender seus interesses baseados em como você navega em nosso site. Esses cookies podem ser ativados tanto no nosso website quanto nas plataformas dos nossos parceiros de publicidade, como Facebook, Google e LinkedIn.
Olá leitor, o portal O Tempo utiliza cookies para otimizar e aprimorar sua navegação no site. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados. Para saber mais acesse a nossa Política de Privacidade.