Aliviando
Pesquisas internas de aliados e do governo vêm sinalizando, nas últimas semanas, uma tendência de melhora na avaliação de Dilma. Aparentemente, a fase mais aguda de rejeição à presidente já passou. Na avaliação de fontes governistas, o movimento anti-Dilma teria perdido força e contundência. Em resumo, a barra estaria menos pesada para ela.
Menos pior
A coluna não obteve números dessas pesquisas. Os resultados não foram fornecidos, certamente, porque ainda estão ruins. Ainda não dá para falar em reversão da impopularidade, segundo admitiu um petista influente e com acesso às pesquisas que orientam a cúpula do partido e do governo. Ou seja, apesar da melhora, os índices seguem negativos. E o quadro ainda é adverso para a presidente, embora menos negativo do que antes.
Pouco a pouco
O grupo de Pimentel, que vem fazendo pesquisas mensais no Estado, vê uma reação gradual de Dilma. Na avaliação de petistas mineiros, a recuperação da presidente segue lenta, mas persistente. A maior dúvida é se a reversão será concluída em tempo de ajudar – ou não atrapalhar – as candidaturas alinhadas ao governo federal em 2016.
É a economia
Há consenso no PT e no Planalto de que a trajetória da popularidade da presidente nos próximos meses será determinada pela evolução da economia. Nessa visão, se a atividade econômica crescer no segundo semestre, a avaliação de Dilma sobe junto. Por outro lado, o prolongamento da estagnação poderá abortar os sinais atuais de melhora.
Plano Barbosa
A equipe do ministro Nelson Barbosa estuda a permissão de consórcios entre empreiteiras de médio porte na disputa dos projetos de infraestrutura que serão oferecidos à iniciativa privada no novo plano de concessões a ser lançado no próximo dia 9. O governo quer ampliar a participação de construtoras nacionais, além de atrair estrangeiras, para garantir o êxito do plano.
Divisor de águas
A ausência de grandes empreiteiras brasileiras, hoje envolvidas na Lava Jato, faz do novo plano de concessões um divisor de águas na construção pesada. O ranking do setor deverá sofrer grandes alterações nos próximos anos, com empresas líderes perdendo posições para empresas emergentes. Isso, além de uma provável desnacionalização no topo da pirâmide.
Tabuleiro
Em Nova Lima, o prefeito Cassinho Magnani só não disputará a reeleição se vier a sofrer impedimento legal. A incógnita está no campo adversário: como o chefe da oposição local, ex-deputado Vitor Penido, está inelegível, o grupo adversário deve indicar outro nome para enfrentar o prefeito.
Reforçada
A Codemig analisa a compra de helicópteros para equipar a Secretaria do Meio Ambiente, em mais uma iniciativa do governo mineiro para turbinar a pasta, que também pode ganhar o reforço de equipes terceirizadas para acelerar os processos de licenciamento ambiental.
Pé na tábua
A secretaria ambiental está passando por uma grande revisão de políticas na gestão Pimentel. A ordem do governador é destravar os cerca de 2.600 processos de licenciamento de novos projetos que tramitam na pasta, agora considerada estratégica para o desenvolvimento do Estado: é por aí que o governo está iniciando o esforço para estimular investimentos privados.
Motivação
O maior peso da área ambiental no governo poderá ter reflexos políticos e eleitorais, cacifando a pré-candidatura do secretário Sávio Souza Cruz, hoje o nome mais forte na cúpula do PMDB para disputar a prefeitura de BH.