Ares novos
Comentários de desembargadores indicam um crescimento dos candidatos “novos” Pedro Bittencourt e Doorgal Andrada na reta final da campanha pela presidência do TJ mineiro. Ambos entraram na lista de presidenciáveis graças a recente decisão do tribunal, a pedido da Amagis, de abrir a elegibilidade a todos os desembargadores da corte, que passou a viver um clima de renovação. Porém, como são apenas 130 votos, e as articulações seguem a todo vapor, o quadro pode mudar até o pleito no dia 28.
Poder veterano
Além dos “novos”, há mais dois candidatos, Almeida Melo e Antônio Cruvinel, representantes dos veteranos e com sólidos apoios no tribunal. Diante de tal divisão, é provável a realização de pelo menos dois turnos de votação – ou vários até que se forme maioria em torno de um nome. E na rodada final, deverá valer a capacidade do candidato em fazer alianças com os grupos concorrentes.
SOS teatro
Não está na agenda de campanha, mas pode entrar na pauta de quem for eleito: o futuro do Teatro Klaus Vianna, no prédio desapropriado pelo governo de Minas para ser sede do TJ, no Mangabeiras. Circula nos meios culturais que o tribunal pretende fechar o espaço, construído por Telemig e Bradesco como compensação pela perda do Teatro Municipal de BH (antigo Cine Metrópole) após a venda da área ao banco.
Mira dupla
Roberto Carvalho estreou programa na Rádio Favela cujo nome “De olho na cidade” já diz tudo sobre os propósitos do petista: além de visibilidade na periferia para sua candidatura a deputado, ele busca se consolidar como opositor ao governo Lacerda. O ex-vice-prefeito, pelo visto, já está de olho na eleição para prefeito de BH em 2016.
Efeito FED
Mais pesquisas confirmam: o pessimismo econômico foi o principal motivo da queda de popularidade do governo Dilma, no início do ano, quando ondas de insegurança atingiram mercados do Brasil e emergentes, fomentadas pelo temor de investidores com a política monetária nos EUA, fazendo o dólar subir e meio mundo pirar. Pois é: o FED teve forte impacto na campanha até aqui – mais até que o caso Petrobras.
Fator Yellen
O efeito FED, pelo impacto já mostrado no câmbio e no ambiente econômico do Brasil, poderá ser fator decisivo na eleição nacional. Agora mesmo, deve-se à postura tranquilizadora do FED a acalmada dos mercados, dentro e fora, com o refluxo do pessimismo e a volta dos capitais externos aos emergentes. Talvez já se possa avaliar, com base nos fatos do último trimestre, que o segundo turno presidencial dependerá, e muito, das ações monetárias nos EUA. Por incrível que pareça, a reeleição de Dilma pode estar nas mãos de outra matrona: Janet Yellen, a presidente do FED.
Velas ao diabo
Setores do PT não gostaram de ver fotos no Facebook do deputado Pompílio Canavez em procissão na Semana Santa em São João del Rey, ao lado de Aécio e políticos aecistas. A base eleitoral do petista é na região de Varginha, onde já foi prefeito.
Bem- amados
Duas homenagens prometem movimentar numerosa claque na Câmara Municipal de BH: o deputado Fábio Ramalho receberá título de cidadão honorário no dia 28, por iniciativa de Leonardo Mattos, e Dinis Pinheiro, a comenda Personalidade Política, por indicação do prof. Wendel em 7 de maio. Os homenageados têm em comum o fato de serem estimados pelos pares e possuírem muitos amigos na própria classe.
Pá de cal
A retirada de Clésio Andrade da disputa pelo governo, ontem, foi o enterro de um projeto que já vinha morto há mais de 15 dias, inviabilizado por outra candidatura mais forte no PMDB: a de Toninho Andrade, presidente da sigla, a vice de Fernando Pimentel. Clésio sucumbiu ao rolo compressor de Toninho, que ameaçou intervir em diretórios e depois fechou um grande acordo com os deputados para apoio ao PT.
Sem volta
Para alguns peemedebistas, a dissidência é irreversível. Caso de Hélio Costa, que deve ignorar a decisão partidária pró-PT para apoiar o tucano Pimenta da Veiga. Costa se ressente até hoje do não engajamento de Pimentel, então candidato a senador, à sua campanha para governador em 2010.