Ativos em mira
Fontes governistas afirmam que entre as novas medidas fiscais em estudo no governo mineiro estaria a alienação de ativos do Estado. E um dos bens com grande potencial de venda ou privatização seria a Codemig, a estatal do nióbio, avaliada no mercado em R$ 6 bilhões. O “pacotão” com cortes de cargos e outras providências para abater o déficit estadual foi antecipado há poucos dias à coluna pelo líder do governo na ALMG, Durval Ângelo.
Homem forte
O presidente da Codemig, Marco Antônio Castelo Branco, está hoje no centro do poder do governo mineiro. E mostrou toda a sua força no final da semana passada com o veto de Pimentel à emenda do nióbio: ate onde se sabe, Castelo Branco foi o responsável por convencer o governador a vetar uma taxação apoiada por gente do próprio governo e que renderia centenas de milhões ao Estado em crise financeira.
No circuito
Castelo Branco pode ter tido ajuda da CBMM, empresa da família Moreira Salles que minera o nióbio e repassa parte do lucro à estatal mineira. Segundo moradores de Araxá, o presidente da mineradora, Tadeu Carneiro, teria vindo a BH na semana do veto para falar com o governador.
Precedentes
Não faltam casos no passado recente de venda de ativos para cobrir rombos no caixa. Em Minas, uma das transações mais conhecidas se deu com a Cemig, que teve um terço do capital adquirido no governo Azeredo por uma empresa norte-americana, cuja participação depois passou às mãos da Andrade Gutierrez, atual sócia do governo mineiro na empresa energética.
Poderosa
Reunião do conselho consultivo internacional da Fundação Dom Cabral juntou durante dois dias nesta semana, segunda e terça-feira, em São Paulo, dirigentes ou representantes de empresas que possuem somadas um capital de US$ 120 bilhões a US$ 150 bilhões. Só mesmo uma das melhores escolas de negócio do mundo conseguiria tal proeza.
Mineiro, sô
O ponto alto do evento foi um jantar no Palácio dos Bandeirantes oferecido por Geraldo Alckmin. Na ausência do outro presidenciável tucano, Aécio Neves, que faltou ao encontro da FDC, o governador paulista passou parte do jantar contando reminiscências de infância. Isso para se apresentar como parente de José Maria Alckmin e lembrar as raízes mineiras de sua família, que morou em Cruzília e Bocaiúva antes de se estabelecer em SP.
Próxima parada
Foi dito na reunião da FDC que a edição do evento em 2016 será realizada em Minas, onde ficam a sede e o campus principal da famosa escola.
Paradigma
A decisão do TCU de rejeitar as contas de Dilma estabelece novos padrões, mais confiáveis e transparentes, para a contabilidade pública. Depois da censura veemente ao governo federal, as “pedaladas fiscais” devem diminuir também nos Estados e municípios, todos viciados em maquiar balanços.