Caso retomado
O processo contra Fernando Pimentel decorrente da Operação Acrônimo foi retomado no STJ após ficar um tempo parado à espera do julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE. É que o relator do caso contra o governador é o mesmo que relatou a ação contra a chapa presidencial, Herman Benjamin. Agora mais liberado, Benjamin voltou a preparar seu voto sobre Pimentel.
Fica para depois
Benjamin é tido como um ministro dedicado ao trabalho: um ‘caxias’ da magistratura segundo expressão ouvida no STJ. Não deve demorar muito para finalizar o seu relatório, que já está bem encaminhado. Porém, como restam poucos dias para o fim do semestre, o mais provável é que o voto do relator só seja conhecido e levado à apreciação dos demais ministros da corte depois do recesso judicial, a partir de agosto.
Bem, obrigado
Chegou-se a cogitar um recesso de Benjamim após o julgamento da chapa Dilma/Temer, para ele descansar e cuidar da saúde. O ministro sofreu com problemas respiratórios durante o tenso julgamento no TSE. Houve rumor de que ele teria tido um princípio de pneumonia ou uma virose forte. Seja como for, ele parece bem agora. Desde a semana passada vem participando de sessões na corte e comparecendo ao gabinete normalmente.
Furdúncio mineiro
O caso Pimentel está sendo retomado em contexto bem diferente de quando começou. A delação da JBS complicou tudo. Trouxe mais denúncias contra o governador. E o mais importante, jogou na Lava Jato o vice-governador Antônio Andrade, apontado como beneficiário de propina e responsável por apresentar Eduardo Cunha a Joesley Batista. Ou seja: o substituto de Pimentel está comprometido demais para assumir o posto caso ele venha a ser afastado em função do processo no STJ. A linha de sucessão em Minas vai sendo afetada pela Lava Jato, a exemplo do que ocorre em nível nacional.
Próximo na fila
Com o governador e o vice na mira da Justiça, novos cenários se tornam possíveis no Estado. Não é mais absurda a hipótese de o governo mineiro acabar nas mãos de um governador eleito indiretamente na ALMG, talvez do próprio presidente do Legislativo, Adalclever Lopes.
Diogo Cruvinel e Roberta Fonseca.
Entra no páreo
Mais um candidato à presidência do Cruzeiro: Ronaldo Granata articula o seu lançamento “nos próximos dias”. Ele integra um dos dois grupos italianos do conselho celeste (o outro é o de Anísio Ciscotto). A eleição está prevista para outubro. E promete ser a mais disputada em anos.
Terceira via
Granata tenta tirar proveito do racha no Cruzeiro entre Zezé Perrella, que apoia Sérgio Santos Rodrigues, e o presidente Gilvan Tavares, que ainda vai lançar um nome. “Ambos estão desgastados. Então, há espaço para alguém de fora dos grupos deles”, avalia o novo candidato.
Influência
O advogado Décio Freire assume esta semana a presidência do Conselho de Assuntos Jurídicos e Estratégicos da Associação Comercial do Rio de Janeiro. A entidade fluminense, que já foi casa do Barão de Mauá, reuniu um time de craques ao lado da nova presidente, Ângela Costa. Lá estão Olavo Monteiro Carvalho, Humberto Motta, José Luiz Alquéres, Marcílio Marques Moreira, Nascimento Brito, Lars Grael e José Mariano Beltrame.
Pressão de baixa
A gasolina já baixou 3% neste ano até maio. Deve cair ainda mais com a redução dos preços do petróleo. Resumindo: a Opep perdeu a força como cartel, dominando hoje apenas 40% do mercado, e não está conseguindo segurar os preços com cortes de produção. Aconteça o que acontecer no Brasil, a tendência é de combustível mais e mais barato.
Nova experiência
As cotações das commodities lá fora e a recessão aqui dentro estão criando condições para uma inflação de 1º mundo no Brasil. O mercado financeiro vem derrubando toda semana as projeções para o IPCA no fim do ano. A previsão já está em 3,6%. E vai cair mais. Os brasileiros se prepararem para conviver com uma inflação muito baixinha, aí entre 2% e 3% ao ano.