Fogo lento
A ausência de denúncias fortes contra tucanos no balanço de cem dias do governo Pimentel pode ter sido premeditada. Tudo indica que o PT optou por uma tática gradualista de ataque contra Aécio e o PSDB: em vez de fazer um grande estrondo, soltar a munição aos poucos. Primeiro foram os convênios, depois os remédios vencidos. Nos próximos dias devem vir outras novidades, nesse processo de desgaste lento e sistemático.
Mais eficácia
No raciocínio de petistas, os escândalos se diluem muito rápido na mídia e na opinião pública: logo são esquecidos ou substituídos. Daí se buscar a sangria vagarosa e constante como método para a desconstrução total da imagem de Aécio e dos tucanos enquanto gestores.
Reagindo
Na avaliação do PT, Aécio voltou a pisar o solo mineiro neste fim de semana, após um prolongado sumiço, para rebater o balanço de Pimentel que apontou a “falácia” do seu choque de gestão em Minas.
Por fora
Quem seguiu a coletiva do senador tucano nessa sexta-feira em BH sentiu a falta de um personagem-símbolo do atual momento dos tucanos mineiros: Pimenta da Veiga. O ex-candidato do PSDB ao governo não foi convidado para participar do ato de retorno de Aécio ao cenário político do Estado.
Arrependido
A interlocutores, o senador e presidente do PSDB já admitiu mais de uma vez o erro na escolha do candidato que acabou derrotado por Pimentel.
Verbas travadas
A Petrobras está sem certidão negativa junto à Receita Federal por não ter apresentado o seu balanço contábil de 2014 – o que deverá ocorrer somente no final deste mês. E sem certidão, a empresa não tem podido requerer os benefícios fiscais da Lei Rouanet, para manter seus patrocínios culturais.
Fecha cortina
O imbróglio da certidão, travando as verbas culturais da Petrobras, já fez pelo menos duas vítimas conhecidas em Minas. O Galpão de BH está perdendo um projeto de R$ 3 milhões. E o Ponto de Partida de Barbacena, outra trupe de prestígio na cena teatral, vai dando adeus a R$ 1,5 milhão. Há muitos outros grupos contando prejuízos.
Enxugando
Demissões continuam pipocando no setor automotivo, com as indústrias dispensando pessoal em pequenos grupos para ajustar o nível de produção à forte queda nas vendas de veículos em geral. Na fabricante de caminhões Iveco, cerca de 80 foram embora na última leva, por esses dias.
Menos mal
Apesar do maior desemprego, a massa salarial e a renda média nacional cresceram levemente na pesquisa do IBGE, neste primeiro trimestre, o que serviu para amenizar a perda de poder aquisitivo do consumidor com a inflação alta. No frigir dos ovos, o consumo ainda se mantém em patamar que segura a economia e a protege de tombo maior. A recessão afinal está se apresentando menos feia e profunda do que se previa no início do ano.
Continua
A empresária Patrícia Coutinho, do Amazonas Palace e do Unique Hostel, acaba de se reeleger para a presidência da ABIH-MG, entidade do setor de hotelaria no Estado. O novo mandato irá até 2017.
Enrascada
A diretoria que assume com Patrícia, formada por executivos das principais redes hoteleiras, tem pela frente um duro desafio: encontrar saídas para a super-oferta de leitos e o aumento exponencial da competição no setor em virtude do excesso de hoteis construídos para a Copa. E isso em momento de alta do custo operacional das empresas. Muita gente está no vermelho.