Força de Kalil
Pesquisas inéditas do Instituto CP2 mostram que Alexandre Kalil mantém a popularidade e o status de principal liderança de Belo Horizonte, seis meses após a sua posse. O prefeito lidera as preferências para governar o Estado em todos os cenários pesquisados na cidade, tanto nas respostas espontâneas como nas estimuladas. O acompanhamento da CP2 vem sendo feito mensalmente, desde abril, com mil eleitores de todas as regiões da capital.
Batendo todos
Aparentemente, o exercício do poder desgastou pouco a imagem de Kalil. Nos levantamentos espontâneos, o prefeito saiu de 5,7% em abril, subiu a 6,4% em maio e desceu para 3,5% no mês passado. Apesar da queda ao seu menor patamar, Kalil continuou à frente dos demais nomes que pontuaram em junho (Lacerda, Pimentel, Anastasia e Aécio). Na pesquisa estimulada, Kalil também variou para baixo, passando de 39% ou 38% para 36%, conforme o cenário, mas ainda teve mais intenções de voto que a soma de todos os outros nomes sugeridos aos eleitores e preferidos por mais de 1%.
Em colapso
Os levantamentos também revelam o colapso político de Aécio, cujo apoio popular em Belo Horizonte evaporou. O senador tucano, governador duas vezes com votação recorde, recebeu em junho apenas 0,9% de citações espontâneas para o governo. Em abril, ele tinha 4,8%, quase cinco vezes mais. Na pesquisa estimulada, seus índices caíram 70% em três meses, de 15,5% para 4,8%.
Nem tanto
Uma surpresa para muitos pode ser o desempenho de Anastasia. Tido como imbatível no Estado, o senador teve 2,3% das menções espontâneas, ficando em quarto lugar em junho, atrás de Pimentel, Lacerda e Kalil. Os índices de Anastasia têm mostrado constância, variando entre 2% e 3%. Por não ser pré-candidato, seu nome não foi testado nas pesquisas estimuladas da CP2.
As irmãs Gabriela, Letícia e Fernanda Faria na premiação dos melhores da indústria gráfica de Minas
Chapa completa
Ronaldo Granata está desistindo da sua pré-candidatura independente à presidência do Cruzeiro para apoiar o concorrente Wagner Pires de Sá, nome lançado pelo presidente do clube, Gilvan Tavares. O ex-candidato deve ocupar a segunda vice-presidência de Wagner, completando a chapa oficial que já tem Hermínio Francisco Lemos na primeira vice-presidência.
Racha celeste
A retirada de Granata consolida a polarização da disputa sucessória no Cruzeiro entre dois grupos que já foram um só e hoje dividem o clube ao meio. De um lado estão os conselheiros ligados aos irmãos Zeze Perrella e Alvimar, que tentam voltar à direção cruzeirense com o advogado Sérgio Rodrigues, seu presidenciável. No outro está o grupo formado por Gilvan, um ex-aliado que se tornou desafeto dos Perrella, sobretudo de Alvimar.
Reorganizando
Já se cogitam mudanças no governo federal para redistribuição dos cargos aos aliados. A ideia é privilegiar as indicações dos parlamentares que se dispõem a apoiar Temer contra a denúncia de corrupção da PGR. Para manter o cargo, o presidente precisa reorganizar sua sustentação na Câmara Federal. Em vez de uma base aliada imensa como ostentou até aqui, ele deve formar um grupo de apoio mais enxuto, porém mais fiel.
Caso especial
No Ministério da Justiça, a reorganização segue outros parâmetros e já começou com a extinção, na semana passada, de um grupo da Polícia Federal (PF) que atuava na Lava Jato em Curitiba. Entendida por todos como parte de um esforço de “desmonte” da força-tarefa anticorrupção, a medida não tem nada a ver com o juiz Sergio Moro: é obra do ministro Torquato Jardim, que assumiu em maio e está conseguindo um feito tentado e não alcançado por seus últimos antecessores: influir no trabalho da PF.
Nova PF
O próximo passo de Torquato na Polícia Federal (PF) será substituir Leandro Daiello, o segundo mais longevo diretor-geral da corporação e visto como responsável pela independência das investigações policiais na Lava Jato. Daiello já trata de alojar os aliados que tem na PF, em preparação da sua saída.