Gelo político
A constatação é ouvida nos dois lados em campo, tucano e petista: as campanhas para governador andam modorrentas, sem empolgar as respectivas bases políticas. Apesar dos esforços dos candidatos, que já cortam o Estado em viagens, a campanha não está emplacando nem nos grupos de apoio. E a dúvida hoje no ar: essa falta de motivação seria só um efeito da Copa, portanto passageira, ou resultaria de rejeição social mais profunda à política? Se verdadeira a segunda hipótese, como parece, mesmo depois da Copa os candidatos vão continuar penando para quebrar o gelo eleitoral.
Hora extra
Como coordenador do programa de governo de Aécio, Anastasia passou os últimos dias trabalhando até 16/17h para dar conta de finalizar em tempo o documento, exigido por lei no registro de candidaturas. O serviço já volumoso foi complicado pelo próprio coordenador, que quis escrever pessoalmente muitos textos.
Passa bastão
Anastasia encerrará a coordenação junto com o documento. Após a Copa, para poder se dedicar à própria campanha de senador e ao palanque do PSDB em Minas, ele vai passar a função no comitê aecista para as mãos da executiva Maria Sílvia Bastos, que já presidiu CSN e Icatu, e exerceu cargos públicos no Rio de Janeiro.
Trabalheira
Quem passou o maior sufoco para cumprir a exigência legal do programa de governo foi Tarcísio Delgado. O candidato do PSB a governador teve pouquíssimo tempo para preparar o documento, pois só se tornou candidato na última quinta-feira. Sua sorte é que o partido já tinha um esboço. Mesmo assim, ele varou a madrugada deste sábado fazendo textos: começou depois da jogo do Brasil e foi até as três da manhã.
E se ganhar?
Com a classificação do Brasil para as oitavas de final, a polêmica irrompe nos meios políticos: uma eventual vitória da seleção canarinho terá peso nas urnas? A questão divide opiniões. Mas, ao menos entre marqueteiros, a maioria avalia hoje que nenhum candidato ou partido seria mais beneficiado que os outros concorrentes.
Dois contra um
Em São Paulo, o governo federal está concorrendo com dois candidatos a governador. Se o ex-ministro petista Alexandre Padilha é o nome de Dilma, o peemedebista Paulo Skaf tem total apoio do vice-presidente Michel Temer. Os dois palanques do Planalto se juntarão no segundo turno contra o governador tucano Geraldo Alckmin, que terá uma campanha pesada e difícil pela frente.
Suporte
Os institutos de pesquisas que vão dar suporte à campanha de governador já estão definidos. O Doxa trabalha para Pimenta da Veiga e o Vox, para Fernando Pimentel. Já Tarcísio Delgado negociava ontem com um fornecedor mineiro e deve fechar o contrato ainda nesta semana, para dar início imediato às suas pesquisas.
Chapa da morte
A disputa pela vaga de deputado estadual do PT vai ser feroz. E deve mudar a cara da bancada do partido na ALMG. Pelo menos sete nomes muito fortes estão entrando na chapa petista: Fred Ferramenta, filho do casal Ferramenta; os ex-prefeitos Anderson Cabido e Marília Campos; o ex-vice-prefeito Roberto Carvalho; o vereador Adriano Ventura; e os candidatos dos caciques Miguel Corrêa e Reginaldo Lopes.
Para rodar
Hoje o PT tem 11deputados na ALMG. Nas contas feitas nos bastidores, o partido consegue aumentar sua bancada em até quatro cadeiras. Isso significa que alguns dos atuais mandatários correm sérios riscos de rodar na “chapa da morte”.
Impacto
O artista plástico Paulo Laender vem aí no segundo semestre com grande exposição de trabalhos. A mostra pode incluir uma escultura gigantesca em aço, com 15 metros e pesando nove toneladas, feita sob encomenda para a siderúrgica Vallourec.
Até logo
A coluna entra em recesso a partir de amanha, quarta-feira. Serão 15 dias de férias, para a colunista e os leitores. Voltamos depois da Copa, no dia 17 de julho.