Incógnita
Essa é a avaliação no meio jurídico sobre o caso Pimentel relacionado à operação Acrônimo: se a denúncia da PGR contra o governador não vier a ser acolhida no STJ até o mês de setembro, dificilmente o julgamento acabará antes das eleições de 2018. A sessão para analisar o recebimento da denúncia era esperada para agosto. Matéria na imprensa nacional chegou a prevê-la para a semana passada. Mas, até a última sexta-feira, não havia nada na pauta do tribunal. Parte do meio jurídico já começa a achar que o STJ pode deixar o caso para o fim do ano. Na realidade, a sessão para abrir ou rejeitar o processo contra o governador permanece uma incógnita.
Tendência
Uma aposta mais consensual entre juristas é que o eventual processo no STJ só afastará o governador do cargo e da campanha eleitoral após o fim do julgamento. E se houver condenação, claro. Nessa avaliação, seriam grandes as chances de Pimentel concorrer à reeleição.
Pode agarrar
A eventual abertura e tramitação de um processo contra o governador ainda pode sofrer atrasos se um ministro pedir vistas. E as probabilidades de que isso ocorra são altas: a decisão de processar ou não Pimentel será tomada pela corte especial do STJ, composta pelos 15 ministros mais antigos. Trata-se de um grupo numeroso e heterogêneo de julgadores.
Defesa a postos
A defesa de Pimentel já montou sua estratégia para responder ao processo. Ou seja, o governador se prepara para possível decisão desfavorável, com a maioria dos ministros acompanhando o relator Herman Benjamin, que deve votar pelo recebimento da denúncia – já se sabe. O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, teria dito a interlocutores que vai “destruir” as provas (no sentido figurado, claro) no eventual julgamento, durante a fase preliminar em que são apresentadas provas e ouvidas testemunhas.
Quem dá mais
Nesta quarta, 23, em reunião comandada por Temer, o governo federal vai incluir mais uma usina da Cemig (Jaguara) na lista de empreendimentos a serem leiloados. Além da usina mineira, a quarta que a Cemig pode perder, vão compor o rol das novas privatizações: 18 terminais portuários, três lotes de aeroportos, um trecho de rodovia e campos de petróleo no pré-sal. Temer está vendendo tudo o que pode para fazer caixa.
Aquele Abraço
O movimento em prol das usinas continua. Depois do evento em Miranda e da adesão dos jornais locais, que circularam com capa especial no fim de semana, hoje, segunda, às 15h30, é dia de ‘abraçaço’ à sede da Cemig, na Avenida Barbacena, em BH. Os próprios empregados estão organizando o ato, que deve parar a região de Santo Agostinho, mas todos são bem-vindos.
Roteiro
A formação da chapa majoritária governista, a ser liderada por Pimentel, passa por negociações delicadas no PMDB mineiro entre o vice-governador Antônio Andrade, presidente oficial da legenda, e Adalclever Lopes, comandante efetivo das tropas partidárias. Sem acordo, fica complicado o PMDB reeditar a aliança com o PT e indicar o novo vice do governador.
Engasgo
Corre nos bastidores do PMDB que Andrade estaria propenso a um acordo do partido em torno da reeleição do governador petista. Mas teria restrições à indicação de Adalclever para a vice.