Janot 2018
Rodrigo Janot pode se candidatar nas eleições em 2018, segundo uma fonte próxima. O procurador geral da República já sinalizou a intenção de entrar para a política ao dizer recentemente que iria tirar “férias” no MP até abril de 2018. Esse mês é o prazo limite para filiação de pré-candidatos aos partidos. Acredita-se que ele, até lá, tentará articular a sua candidatura, talvez a um cargo parlamentar como senador.
Caçador vira caça
Na chefia da PGR, Janot tomou gosto pelos bastidores do poder. E ganhou fortes motivos para buscar um mandato eletivo: obter foro privilegiado para se defender de processos dos políticos que investigou e denunciou na Lava Jato. Janot acredita que será alvo de represálias após deixar o cargo. O seu plano B seria exercer a advocacia, permitida a ele por ter iniciado no MP antes de 1988; inclusive, ele já pediu a sua carteira à OAB.
Minas X Brasília
Mineiro de BH, o procurador geral tem imóvel e filha na cidade. Mas mora em Brasília há anos. Pode concorrer lá ou aqui. Ontem, fontes comentaram que ele está mais propenso pelo DF. Pela lei, para se candidatar, Janot tem que definir o domicílio eleitoral até outubro próximo.
Vai, não vai
Não é certo se Janot irá à posse de sua sucessora, Raquel Dodge, que lhe faz oposição. Também poderá se ausentar o procurador Nicolau Dino, o mais votado na eleição do MP e preterido por Temer em favor de Dodge.
Dama na brasa
Independente das ausências, a posse de Dodge já perdeu o brilho após ela se reunir com Temer à noite no Jaburu. O fato repercutiu muito mal no MP. A dama caiu na brasa. Mas, o polêmico gesto não devia surpreender: certamente, não foi por suas virtudes que Dodge foi indicada a Temer por Gilmar Mendes como o melhor nome na PGR para o Planalto.
Aécio e Cemig
Aécio negou à coluna estar torcendo pela perda das usinas da Cemig para que o governo Pimentel sofra desgastes. O senador afirma que já defendeu “junto ao presidente Temer uma saída negociada” para evitar a perda. “A Cemig é um dos maiores patrimônios dos mineiros”, disse ao defender a união das “forças do Estado” em torno de uma solução.
Ao ataque
O senador tucano aproveitou para disparar contra PT e Pimentel. Lembrou que a perda das usinas “em razão de uma decisão da Justiça” teve origem na MP 579, editada por Dilma em 2012. “Já naquele momento eu, como líder da oposição, alertei contra os gravíssimos prejuízos que essa medida iria gerar para o setor energético e à Cemig, em particular”, criticou Aécio, acrescentado que o “então ministro Pimentel” nada fez para impedir o ato.
O trapalhão
Ontem, as ruas de Caracas voltaram a ser ocupadas por Maduro, enquanto a oposição se mantinha calada e perplexa. O ditador estava acuado e isolado, até receber tremenda força de Donald Trump. O discurso chavista de defesa da Venezuela e seu petróleo ganhou argumento e vida nova após a ameaça de intervenção americana. Afinal, quem pode desmentir o presidente dos EUA? Parece brincadeira, mas é verdade assustadora: o governante mais poderoso da terra fala sem pensar e age como macaco em casa de louças.
Guilherme Fábregas e Sabrina Franz.
Fim de ciclo
No mercado financeiro e no empresariado paulista já se formou uma sólida percepção de que as mudanças na FCA, com a saída total dos executivos Cledorvino Belini e Marco Antônio Lage, marcaram o fim do ciclo da gestão italiano-mineira no grupo. Os italianos e mineiros dominavam a montadora há 40 anos, desde a chegada da Fiat ao Brasil.
Americanizou
Na atual configuração da FCA, está mandando o lado americano do grupo: o C da sigla. Ou seja, a Chrysler engoliu a italiana Fiat. Também é dado de barato na avenida Paulista que o grupo vai ampliar a unidade da Jeep no Pernambuco enquanto reduz gradualmente sua operação em Betim.