Mal a pior
A crise na comunicação mineira se aprofunda. Agências de publicidade reclamam do faturamento deprimido e colaboradores de importante veículo de imprensa relatam estar sem receber há três meses. Neste domingo, um jornal circulou no Estado sem nenhum anúncio de porte.
Nova figura
Ontem, em BH, o ex-presidente do BC Gustavo Loyola ironizou a situação de Guido Mantega, descartado por Dilma para um novo mandato, dizendo que o governo criou uma nova figura na administração pública: a de ex-ministro em exercício.
Emprego: Candidata
Cozinheira de restaurante deixou o serviço para se candidatar a deputada. Vem recebendo R$ 1.500 mensais de pequeno partido para pedir votos de parentes, amigos e membros da comunidade onde mora. Ela é exemplo de uma nova espécie de candidato profissional.
Novo militante
Os votos que a cozinheira conseguir irão se somar às pequenas votações de outras candidaturas semelhantes para eleger os caciques da legenda, seus patrões. Os candidatos-funcionários ocupam o lugar dos militantes que sumiram das campanhas, hoje restritas ao pessoal remunerado.
Farra da licença
Também prolifera a candidatura oportunista de servidores em busca de férias extras. Uma quantidade ínfima de funcionários públicos se candidata com o objetivo de disputar a eleição. A esmagadora maioria só deseja pegar a licença remunerada de três meses que a lei lhe concede para a campanha.
Pega Lula
O delator do propinoduto da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mantinha a contabilidade organizada. E tinha acesso a Lula. Por isso já se espera nos círculos próximos ao Planalto que o ex-presidente seja atingido pelo novo escândalo, não saindo ileso desta vez como ocorreu no caso do mensalão.
Solta nomes
Com o pedido do PT e PSB de quebra do sigilo judicial, o depoimento do delator pode vir a público mais rápido, antes mesmo da eleição. A ação dos dois partidos está precipitando a revelação dos nomes envolvidos.
Poupa Dilma
Para o PT, a quebra do sigilo envolve imensos riscos. Porém, o vazamento de informações à imprensa deixou a cúpula petista e Dilma sem saída. Se o segredo de Justiça perdurar durante a campanha, e o rol de suspeitos seguir no terreno do boato, todos podem ser atingidos no escândalo, inclusive Dilma. Com os nomes revelados, podem cair muitos petistas e até o grande líder, mas a presidente-candidata só teria que responder por leniência e omissão. Até onde se sabe Dilma, não foi citada pelo delator.
Fazendo caixa
A PBH segue reforçando o caixa. Depois de elevar todos os impostos, vai levantar mais algum dinheiro com um Refis municipal aprovado na Câmara dos Vereadores. Na expectativa oficial, o programa para pagamento de tributos atrasados pode render até R$ 200 milhões.
Contando tostão
Em outra medida, a PBH alterou a data de quitação salarial. Há muitos anos, os servidores vinham recebendo no quinto dia útil do mês. A partir deste setembro começam a receber no sétimo dia útil, após a entrada nos cofres da arrecadação do ISS, que vence todo dia 5. Como as despesas de custeio são elevadas, o novo cronograma se torna vantajoso para a PBH.
Tudo por obra
Os servidores reclamaram, mas o prefeito não lhes deu ouvidos como não havia escutado antes a chiadeira de empresas contra o arrocho dos tributos municipais. Marcio Lacerda segue determinado a encerrar o mandato como o prefeito que realizou o maior volume de obras em BH. E para executar o plano ambicioso, só mesmo com um caixa forte.