Nipotucanos
O pronunciamento ofensivo aos diretores caçados da Usiminas do deputado João Leite (PSDB), apoiado pelos deputados Celinho Sintrocel (PCdoB) e Antônio Jorge (PPS), deixou furioso o senador Antonio Anastasia. Por que se meter nessa briga e ainda defendendo teses que estão perto de serem fulminadas? Já não tem bastante sarna para coçar o PSDB? Ainda fazendo apologia de pressões externas ao Judiciário para adotar avaliação contra a lei?
Auditoria reprovada
João Leite (PSDB) mostrou da tribuna e leu trechos de uma auditoria que serviu de pretexto para a demissão de três executivos indicados pela Ternium, sócio ítalo-argentino da Usiminas, grupo multinacional presente em 15 países, que, no acordo de acionistas, tem direito até 2031 de nomeação do CEO e da condução técnico-operacional, que resgataria do atraso as aciarias da Usiminas. Entretanto, não disse o deputado que a mesma auditoria encomendada pelo presidente do conselho de administração, Paulo Penido, seguiu caminhos lesivos à Usiminas e seu conteúdo foi reprovado pelo Conselho Fiscal.
Tecnologia Ternium
A planta de Ipatinga montada pela Nippon Steel obsoletou, e o grupo Ternium, além de entrar com R$ 5,1 bilhões, ou 38% das ações, em 2012 assinou acordo com a Nippon, de aporte da tecnologia da Dalmine Italiana e outras aciarias da Ternium desenvolvidas nos EUA. Os defenestrados diretores de Ternium, depois da ata do Conselho Fiscal que desfez a auditoria realizada sem garantias de imparcialidade pelo lado nipotucano, entraram em dezembro 2014 com ação de danos morais contra o representante da Nippon, Paulo Penido. Valeram-se do próprio parecer do Conselho Fiscal, que votou 4 contra 1 pela regularidade das práticas da diretoria que tentou criminalizar seus atos.
Desespero
A decisão de Penido rendeu, depois dos primeiros 30 dias, uma desvalorização do título Usi de 26%, cerca de R$ 2 bilhões, em decorrência da contestação de pagamento de verbas indenizatórias dos mais altos diretores da Usiminas, que somou cerca de R$ 30 mil mensais em média para dar cobertura a aluguel de moradia, carro com motorista, despesas escolares dos filhos trazidos do exterior, viagem em classe executiva ao país de origem duas vezes ao ano para a família, plano de saúde internacional. Afinal, a verba indenizatória de um alto executivo, recrutado no exterior, de empresa com receita de R$ 9 bi, chega a ser bem menor de quanto recebe um deputado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, entre indenizações e penduricalhos.
Fragilidade nipônica
Entre tiros que saíram pela culatra e ações embaraçosas que a Ternium vem movendo, é provável que o lado nipônico aceite restaurar a situação anterior quando, diz um notório advogado, eram felizes e “não sabiam”.
Novo juiz para o mensalão tucano
Tucanos estão recolhidos e de quarentena, perderam o poder, e os tentáculos sobre o Estado vêm se secando, nem em manifestações de repúdio a Dilma estão dando as caras. A razão é que de estilingue estão virando vidraça e o mensalão tucano deve receber na próxima semana a indicação de novo juiz, que substituirá a juiza Neide da Silva Martins, que se afastou depois de pedido de aposentadoria, deixando assim a batata quente.
Vão pro pau
Tentou-se na última hora um acordo para montagem de um chapão único, mas a articulação não funcionou e haverá disputa entre os dois principais partidos aliados de Pimentel, PT e PMDB, na eleição da diretoria da AMM, entidade de municípios. O petista Gilmar Machado, prefeito de Uberlândia, entrou no páreo contra o petista Antônio Júlio, de Pará de Minas.
Toma partido
O vice-governador Antônio Andrade, também presidente do PMDB, está apoiando o candidato do seu partido. Pretende pedir votos aos prefeitos conhecidos para a chapa de Júlio.
Fica no muro
Já Fernando Pimentel está preferindo não se envolver na disputa da AMM, já que possui aliados em ambas as chapas. A tendência do governador é manter a neutralidade. E aplaudir o vencedor, seja quem for.