Nova aliança
Principal operador de Aécio em Minas, Anastasia tenta costurar um acordo para a sucessão na PBH entre dois partidos hoje em posições opostas no Estado: PMDB e PSDB. A inusitada aliança já teria apoio de lideranças nacionais das duas legendas, que se aproximaram no governo Temer. E se daria em torno da candidatura do deputado peemedebista Rodrigo Pacheco.
A conexão
A ideia de unir os peemedebistas e tucanos para eleger Pacheco começou com Maurício Campos Jr, sócio do deputado em banca advocatícia em BH e pessoa muito próxima do senador tucano, de quem é advogado pessoal e foi secretário de Defesa Social no governo mineiro.
Bola da vez
A nova articulação turbinou a cotação de Pacheco no PMDB. Agora, peemedebistas de todos os escalões o apontam como o nome mais forte no partido para a disputa em BH. Quanto ao outro pré-candidato da legenda, Leonardo Quintão, seria recompensado no acordo com a sua efetivação no cargo de liderança do PMDB na Câmara dos Deputados.
Sinais de fumaça
Não se sabe quem são os interlocutores de Anastasia no PMDB. Mas há sinais de fumaça no ar. Junto com a movimentação do senador surgiram rumores sobre divergências entre os dois maiores caciques peemedebistas, Adalclever Lopes e Antônio Andrade, sobre o grau de alinhamento do partido com o PT. Andrade é o grande padrinho de Pacheco no PMDB.
Momento de brilho
Em tempos de projeção nacional e intensa atuação nos bastidores políticos, o senador Anastasia ainda encontra tempo para frequentar salões mineiros
O palaciano
O jornalista Chico Mendonça, que começou a sua carreira em BH, é o primeiro mineiro a se instalar dentro do Planalto no governo Temer. Ele assumiu o segundo posto mais poderoso na Secom (Secretaria de Comunicação), que vai administrar as bilionárias verbas federais de publicidade.
Rédea curta
Temer cogitou deixar a publicidade com Eliseu Padilha, na Casa Civil, ou Geddel Vieira, na Secretaria de Governo. Na noite desta terça, o presidente interino bateu o martelo: decidiu manter o setor na Secom para acompanhar pessoalmente a administração das verbas para veículos de comunicação, cujo apoio considera estratégico para sustentação do seu governo.
Favorita
Outra decisão já tomada: seguindo direção oposta à do governo Dilma, que investiu forte em blogs e mídia digital, a nova administração pretende concentrar sua publicidade em veículos tradicionais: jornais, rádio e TV.
Resistência
O Sindicato dos Servidores de Minas está se opondo ao projeto do governo de acabar com a Imprensa Oficial. O presidente da entidade, Denilson Marins de Matos, alega que o projeto é inconstitucional e que a autarquia, apesar do excesso de diretores e comissionados, permanece superavitária e, por isso, deveria ser repaginada, não extinta.
Contra-ataque
Para não ficar só na crítica, o Sindiof está concluindo “um estudo mais apurado” sobre aspectos financeiros e de pessoal da Imprensa Oficial para levar aos parlamentares da ALMG e tentar mudar a proposta do governo.
Precedente
Se não tivesse desistido do recurso ao TJ, a primeira-dama Carol Oliveira teria vencido a causa no final do processo. É o que indica decisão da Justiça gaúcha de liberar a posse de Romero Jucá no novo ministério por entender que a nomeação é prerrogativa do presidente e não deve sofrer interferência do Judiciário. A nomeação de Carol tem semelhança com a do ministro do PMDB: nos dois casos não houve mudança de foro das investigações a que eles respondem – STJ e STF, respectivamente.