Paz dos coronéis
Dois movimentos na cúpula da PM estão apaziguando os coronéis da corporação e mudando o clima interno. Nesta terça, tomou posse da chefia do Estado Maior o coronel André Leão, e, do policiamento especializado, o coronel Schubert, ambos com excelente trânsito nas tropas operacionais (Rotam, Gate, Batalhão de Choque etc). A paz dos coronéis é uma grande notícia: reduziu-se muito o risco de rebeliões policiais no Estado.
Virando o jogo
O duplo movimento foi articulado pelo comandante geral coronel Bianchini, que revelou habilidades políticas. Visto como “grande intelectual”, ele assumiu sob o fogo amigo de tropas operacionais e de coronéis reformados que falam por colegas da ativa. Agora, com a nova cúpula, o comandante da PM começou a virar o jogo e a atrair essa turma da rua para o seu lado.
Recado às tropas
O comandante geral fez mais que nomear os coronéis certos. No ato das novas posses, Bianchini mandou às tropas operacionais uma mensagem precisa para ganhar a confiança da turma: disse que Rotam, Gate e Choque são o “braço forte do comandante geral da corporação”.
Icônico
À posse do coronel Schubert apareceram todos os coronéis da cúpula. O cara é admirado nas tropas pela carreira e formação. Dizem que tem treinamento até para sobrevivência na selva. E possui bom entrosamento com colegas de fardas. Aos olhos de muitos na PM, ele seria o tipo do policial na vida real que mais se aproxima do imaginário capitão Nascimento.
Na pista
A Codemig está articulando com a iniciativa privada um novo modelo de aviação regional para movimentar aeroportos de cidades de médio porte no Estado, ainda não atendidas por esse serviço. A estatal pretende ‘comprar’ assentos em aviões pequenos para revendê-los aos passageiros, operando como uma espécie de bolsa ou balcão de passagens.
Lista de espera
Antes de iniciar o projeto, a Codemig contratou pesquisas para levantar a demanda por novas rotas aéreas. As cidades onde se apurou maior interesse pelo serviço foram Divinópolis e São João del Rey, nesta ordem.
No telhado
A notícia agitou ontem gabinetes da Câmara BH: Lacerda e Aécio estariam desistindo de montar palanque conjunto na capital, após meses de tentativas de acordo. O prefeito e o senador se reuniram em Brasília nesta quarta, 22.
Estica mais
De volta a BH, Lacerda chamou seu povo para uma reunião ontem no PSB, cujas bases torcem pelo candidato próprio, Paulo Brant. O encontro no fim de tarde acabou interrompido pela chegada do aecista Alberto Pinto Coelho para mais uma conversa. E o final da novela se esticou um pouco mais.
Nó de sempre
O entrave ao acordo Aécio/Lacerda é o problema de sempre nas alianças eleitorais: a disputa pela cabeça da chapa. O grupo do senador rejeitou os ‘técnicos’ indicados pelo prefeito. E este reprovou os nomes ‘políticos’ do grupo aecista. No fundo da questão, a verdade é que ninguém quer ceder.
Caso do feijão
Os altos preços do feijão no paraíso da soja servem de alerta para os riscos constantes da concentração demasiada da economia em commodities, como ocorreu na Venezuela com o petróleo e começa a ocorrer no Brasil com alimentos e minérios. Se o Brasil não se cuidar, pode enfrentar (de novo) o drama da fome, apesar de ser um dos maiores produtores de carnes e grãos.
O economista Carlos Alberto Teixeira e o vereador Pablito (PSDB).