Após um mês em férias, volto a escrever minha coluna denotando que pouca coisa mudou no cenário do futebol nacional, com exceção da seleção brasileira, que está mais ou menos como o país: melhor, já que não tinha como ficar pior.
O Atlético segue buscando o topo da tabela no Brasileiro para garantir a vaga na Libertadores, já que o Palmeiras, muito mais do que o Flamengo, continua sendo o favorito ao título, depois de uma oscilação normal em um campeonato que, até a metade, estava muito equilibrado na parte de cima.
Demorou, mas Marcelo Oliveira percebeu que Pratto e Fred não rendem juntos o que podem render separados, pois sempre foram da mesma posição. O brasileiro tem vantagem para ser titular, pois é mais técnico do que o argentino – que tem muita garra, o que Fred também possui.
Fred veio quando Pratto estava quase certo com um clube chinês, mas o negócio não se concretizou. O gringo ficou, e o “problema” para o treinador também.
Já o Cruzeiro segue seu árduo caminho para se livrar do rebaixamento, mostrando, mesmo depois de um bom tempo sob o comando de Mano Menezes, que é mesmo um time limitado, com alguns poucos bons jogadores, que estão vivendo muito mais do nome do que do futebol apresentado na atual temporada.
O América, “rebaixado” desde quando demitiu Givanildo Oliveira, conseguiu o que a ele restava neste ano: se livrar de ser o pior time da era dos pontos corridos, pois, com 18 pontos, já superou o América-RN. O xará potiguar fez 17 pontos na Série A de 2007, já com 20 times.
Porém, é preciso fazer uma lembrança. Naquele campeonato, a direção do clube nordestino percebeu que a equipe cairia e “desistiu” da disputa, mandando embora vários jogadores “caros” e colocando a molecada da base para jogar, uma espécie de adaptação para a então nova realidade que viria.
Já escrevi que o América deveria ter feito o mesmo, parando de dispensar e trazer jogadores toda semana, o atestado da falta de planejamento.
Resta agora relaxar e, quem sabe, fazer bons jogos, alguns, como contra o Palmeiras, mesmo sendo mandante, fora de casa, para ganhar uma graninha extra, sempre muito bem-vinda para o apertado orçamento do Coelho.
Já a seleção brasileira merece ser destacada, e muito.
Sempre defendi Tite, um cara conciliador, inteligente, letrado e com resultados inquestionáveis em sua profissão antes de chegar ao ponto de dirigir a equipe nacional, muito diferente de seu antecessor.
Claro que as duas vitórias nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, principalmente contra o Equador, em Quito, fizeram muita gente guindar a seleção e o treinador aos píncaros da glória, mas acho que os deuses do futebol acabam, mais cedo ou mais tarde, ajudando quem merece. Tite merecia começar arrasador na seleção, o que ele mesmo não esperava que fosse como foi.
Outro destaque: “Claro que ainda é muito cedo, mas Gabriel Jesus pode ser o cara no ataque do Brasil na Copa de 2018, ao lado de Neymar. O garoto do Palmeiras é muito bom, rápido, habilidoso e não se apavora na cara do gol. Arrebentou diante do Cruzeiro na quarta-feira e mostrou que a seleção deve estar diante de um futuro atacante que nos faça esquecer de Leandro Damião e de Roberto Firmino, o atual titular”.
Esse trecho faz parte da minha coluna publicada em 29 de agosto de 2015.
Emoção pura. Se as Olimpíadas já têm uma carga emocional gigantesca, as Paralimpíadas são ainda mais acachapantes nesse quesito. E não apenas pela válida mensagem de que pessoas com limitações podem fazer as mesmas coisas que pessoas normais. O que me deixou mais emocionado durante a disputa foi ver a felicidade no rosto dos atletas paralímpicos, todos heróis.
Ilusão. Quem se deu melhor no sorteio das quartas de final da Copa do Brasil? Ilude-se quem acha que o Galo terá vida fácil contra o Juventude, principalmente em Caxias do Sul (RS). Juventude que, aliás, já foi campeão, em 1999, sobre o Botafogo, no Maracanã. Já a Raposa tem duelo de iguais contra o Corinthians, em melhor fase, mas longe de ser o time de 2015. Chance de final mineira foi o mais legal.