Beleza é a qualidade de belo e é muito agradável.” A definição vinda do dicionário é generalista e evasiva, até porque esse é um universo repleto de variantes. Na moda, o conceito de belo e feio muda com uma rapidez incrível para dar suporte ao business. Nesta temporada de lançamentos em Nova York, as inbetweenies – modelos plus size – contratadas pela agência IMG esquentaram o rol de novidades.
É um passo à frente de pequenas ousadias vistas nos dois últimos anos. Recentemente, foi definido um peso mínimo para que a modelo pudesse desfilar. As supermagras, entretanto, continuam a integrar os castings, mas abriu-se espaço para medidas mais próximas da mulher real, como as de Lara Stone. Entre os perfis de marca, o filão plus size também começou a ganhar força. Mesmo assim, o preconceito ainda não foi neutralizado, e as pessoas ainda se chocam com campanhas mais ousadas protagonizadas pelas “gordinhas”.
Este ano começou com uma vibe um pouco mais positiva rondando o assunto. A IMG, que representa Kate Moss, Gisele Bündchen e Karlie Kloss, ampliou seu “padrão modelo” para desfiles abrindo espaço para uma, ainda minoria, beleza não convencional, as inbetweenies. A empresa sustenta que deseja representar uma variedade étnica sem peso e sem idade.
As primeiras contratadas são Ashley Graham, Marquita Pring (que já posou para a Vogue Itália), Inga Eiríksdóttir, Danielle Redman e Julie Henderson, apresentadas como novidades para a semana de moda de Nova York inverno 2014/2015. Ainda é um passo pequeno e, na prática, a ausência das garotas nas passarelas mostra que o estilistas talvez ainda não estejam preparados para dar esse novo passo. Mas a atitude da IMG, ainda que seja apenas uma jogada de marketing, aponta para um começo, necessário em qualquer processo de mudança.
Túnel do tempo – No século XIX, linda e bem-nascida era a mulher mais cheinha. Significava que ela tinha fartura em casa. Nessa época, as magras eram consideradas feias e, consequentemente, pobres. Mas quem se lembra disso? No século XX e até hoje, convencionou-se que a roupa “cai bem” nas modelos magras e altas. Verdade ou não, o fato é que a altura não pode ser alterada, mas a magreza virou um ideal a ser perseguido por milhares de garotas. A ponto de virar doença, com a anorexia e a bulimia liderando o cardápio de problemas. O assunto começou a ganhar destaque em 2005, quando deixar de comer passou a levar ao óbito um número alarmante. Projetos foram iniciados por revistas e agências para garantir que as garotas se alimentassem melhor e tivessem acompanhamento médico. Entretanto, a tragédia não foi suficiente para aliviar o preconceito em torno das que estavam (ou estão) acima do peso.
Silvana Holzmeister é mestre em moda, jornalista especializada em moda e editora do site http://silvanaholzmeister.com. Ela divide este espaço com Jack Bianchi, Lobo Pasolini, Ludmila Azevedo e Mariana Rodrigues
* Colaboração de Carolina Tonnetti
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