A propósito da afirmação do presidente interino Michel Temer, que disse que o Brasil está mergulhado em uma das grandes crises dr sua história, eu diria: a pior crise política e moral de sua história, pelo acréscimo do fator ideológico de cunho anarcocomunista com o aparecimento e a ação de grupos que seguem filosofias, no mínimo, duvidosas. Isso é ruim porque contradiz nossa formação democrática e republicana. Nada é ou poderia ser mais autêntico e salutar do que a política advinda dos costumes e das práticas da vida do seu povo.
O que vem atrapalhando e atrasando o aperfeiçoamento do que pensamos e queremos em termos de democracia é, certamente, o despreparo desses líderes. O homem inteligente, mas analfabeto, é, antes de tudo, um perigo social, pela inconsequência de seus atos. Quem já leu alguma coisa manuscrita de um Lula?
A história, não tão distante, perpetua a ação da República de Canudos, refúgio do místico Antônio Conselheiro, cuja vantagem em relação ao milagreiro do PT foi ter sido, além de líder, um místico religioso. Isso o diferencia do Lula, sua versão atual, que, servil a essa tal esquerda católica, tem a simpatia de padres e até de bispos expulsos da Igreja, para sua campanha de exploração da miséria das camadas menos favorecidas de nossa desigual sociedade, terreno fértil e frutuoso para demagogos inconsequentes.
Todavia, não fosse essa inteligência sem rumo, que faz sumir sítios e triplex, num piscar de olhos, além de uma adega inteira, auxiliada, muitas vezes, por intelectuais que ainda militam por conveniência em sua grei, poderia ser um Antônio Conselheiro dos nossos tempos, tão esquisito quanto um triângulo de quatro lados...
O mundo evoluiu, mas, na América do Sul, ainda existem lideranças assim, de gente que engana as massas porque é parte dela, como um Maduro qualquer na Venezuela ou os bolorentos irmãos Castro em Cuba, líderes que se dizem populares, mas se impõem mais pelo medo do que pelas ideias. Imaginar Lula, Evo Morales e outros tiranos que ouviram falar em Simón Bolívar politicando na Europa é imaginar o absurdo mesmo antes da Idade Média.
Muitas gerações terão de passar para que nos livremos desse ranço que nos confunde e atrasa, representado por esse bolivarianismo que tanto mal causa e fragiliza nosso continente. O futuro a que me refiro, feito mais de desejo que de certezas, ficaria mais fácil para o progresso se cuidássemos mais e melhor da educação e da saúde e menos de políticas ideológicas, com intercâmbios com o chamado Primeiro Mundo, a Europa e os Estados Unidos.
É preciso desencasquetar dessa idiotice que é a política maniqueísta Sul/Sul do PT. Nesse sentido, o Serra dá um bom sinal para nosso progresso, quando procura fazer, agora, acordos bilaterais com o Chile e a Argentina e, futuramente, com os Estados Unidos e países da Europa, se Deus quiser. E Ele há de querer...
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