Impecável

Seleção de vôlei 'enche os olhos' e aumenta expectativa para Tóquio 2020

Título da Copa do Mundo do Japão veio com vitórias de um time coeso e preciso, que não deu chances para os adversários

Por Daniel Ottoni
Publicado em 14 de outubro de 2019 | 13:18
 
 
 
normal

A seleção brasileira masculina de vôlei esteve impecável na Copa do Mundo do Japão. O rendimento apresentado foi de 'encher os olhos', com muitos fatores positivos de saldo e com a (falsa) impressão de que 'aparar as arestas' é suficiente para que um pódio olímpico apareça. Uma coisa é uma coisa...

Não é pela campanha invicta após 10 jogos que a garantia de medalha existe. Até porque tivemos fortes concorrentes desfalcados, no último compromisso de seleções da temporada e com os jogadores chegando para esta competição sem descanso, após Liga das Nações, Pan, Pré-Olímpico e Europeu/Asiático/Sul-Americano.

Isso não tira o mérito da seleção, que fez seu trabalho muito bem feito. O que mais me chamou atenção foi o rendimento do oposto Alan, com alto aproveitamento nas viradas de bola pela saída, sentindo zero pressão por estar com a missão de ser titular, substituindo Wallace. A fase do jovem atleta revelado pelo Sada Cruzeiro é sublime, está no momento mais alto da sua carreira, com muita coisa ainda por vir.

Leal foi um monstro, mostrando estar ambientado à seleção, conseguindo render bem. O líbero Thales fez um dos seus melhores torneios pela seleção, deixando para trás altos e baixos que apareceram com alguma frequência.

O alto nível apresentado limitou a presença dos reservas, que precisaram se contentar em manter o forte ritmo nos treinos, aplaudir do lado de fora e tentar mostrar condição de estar presente quando chamado para atuar. Fernando Cachopa e Isac, do Sada Cruzeiro e Roque e Maique, do Fiat Minas, jogaram pouco.

Principalmente Isac e Maique. Conversei recentemente com o técnico Nery Tambeiro, do Fiat Minas, que mostrava certa preocupação com a falta de ritmo dos seus atletas, incluindo aí Nico Lazo, que pouco jogou pela Argentina.

De toda forma, a expectativa com esse título aumenta ainda mais e mostra o bom trabalho de Renan Dal Zotto. Depois de oscilar na Liga das Nações, ser vice do Mundial de 2018 e conseguir a vaga olímpica, a Copa do Mundo chegou para  fechar bem o ano de 2019, com a certeza de que o nível precisa ser daí pra cima para confirmar o favoritismo em Tóquio 2020.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!