Laura Medioli

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Laura Medioli é escritora e presidente da Sempre Editora, responsável pela publicação dos jornais Super, O TEMPO e O Tempo Betim, além da rádio FM O TEMPO e do portal O TEMPO. Formada em estudos sociais, Laura já atuou como professora e se dedica de forma intensa hoje à causa da proteção animal.

LAURA MEDIOLI

Nosso Bombril de hoje

Nunca vou entender como tudo isso funciona em um pequeno aparelho, mas isso já é outro assunto

Por Laura Medioli
Publicado em 14 de julho de 2019 | 04:00
 
 
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Os celulares atuais, com suas mil e uma utilidades, com certeza, são das melhores invenções do mundo! Principalmente os smartphones, que nos possibilitam usar a internet e vários aplicativos, sem os quais hoje não saberíamos viver.

O Waze, por exemplo, nos indica, por meio de um mapa e uma voz calma e confiante, de gênero escolhido, o melhor caminho a seguir. Ele sabe tudo, onde tem estacionamento, quanto tempo você levará até o seu destino, tira você do trânsito e te ensina caminhos que nunca, na sua longa vida de motorista, foram traçados. Sucesso total.

Antigamente, a coisa era bem mais complicada. Se você tivesse que ir a algum endereço que não conhecesse, tinha duas opções: tentar descobrir a rua num mapinha confuso de um catálogo enorme ou perguntar ao primeiro pedestre que encontrasse no caminho. E, muitas vezes, sair mais perdido que antes, ao tentar se lembrar da recomendação dada por ele, mais ou menos assim: “Vire a segunda à esquerda, depois a terceira a direita, aí você vai encontrar uma igrejinha, mas não é lá não, você segue pro outro lado, onde vai ter uma ribanceira. Aí, quando você desce, é a primeira ou segunda rua depois do quebra-molas”. Então tá.

Nós, mulheres, admitimos com muita facilidade desconhecer o endereço de onde queremos ir, diferentemente dos homens, que insistem saber tudo e se negam a perguntar, a não ser quando, 40 minutos depois, entendem finalmente que estão perdidos. Imagino o tanto que eles agradecem em silêncio a existência do Waze e de outros aplicativos de GPS.

Mas, como ia dizendo, celular é tudo de bom: nos deixa antenados com o mundo, nos desperta no horário escolhido, nos localiza, nos dá acesso às contas bancárias, nos oferece joguinhos interessantes e viciantes, enquanto esperamos consultas médicas, nos permite encomendar comidas das mais variadas, passar mensagens em tempo real, agendar nossas programações do mês, fotografar e fazer filminhos, saber do paradeiro dos amigos viciados em postar selfies no Facebook, chamar o Uber e tantas, tantas coisas mais.... Ah! E nos permite ligar para quem quisermos. E no mundo todo!!!

Nunca vou entender como tudo isso funciona em um pequeno aparelho, mas isso já é outro assunto. Apesar de incríveis, eles também têm alguns probleminhas; na verdade, os problemas estão mais em quem os carrega.

Normalmente, deixo o meu no modo “silencioso”, com a função de vibrar. Não sei por que cargas d’água, outro dia fui ao cinema e, da pior maneira, descobri que ele não estava no silencioso.

Nada mais desesperador do que escutá-lo tocar dentro da bolsa de três compartimentos, no escuro, e ficar uma eternidade tentando localizá-lo. O povo olhando torto, e a gente querendo sumir.

Independentemente de estar no cinema ou não, quando alguém me liga, a demora em encontrá-lo na bolsa é tão grande que, do outro lado, a pessoa desiste e acaba desligando.

Outro dia descobri numa lojinha um chaveiro acoplado a um pompom gigante, imitação de pelo de coelho, que basta enfiar a mão na bolsa para localizar a chave rapidinho, pelo toque. E pensei: por que não fazem capinhas de celular fosforescentes e com pompons? Comentei isso com minha filha, e ela quis me bater.

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