Lucas Gonzalez

Antes tarde do que nunca

Reabertura das atividades comerciais


Publicado em 17 de maio de 2021 | 03:00
 
 
 
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Finalmente, na reta final de abril, Belo Horizonte viveu a tão aguardada reabertura do comércio na cidade. A capital mineira foi, dentre todas as metrópoles brasileiras, uma das que adotaram medidas de isolamento social mais rígidas, autoritárias e extensas durante a pandemia do coronavírus. O retorno começou na quinta-feira, 22, com o funcionamento de atividades e serviços não essenciais, como lojas e academias. As escolas reabriram em 26 de abril, após mais de 13 meses fechadas, fato este inédito em todo o mundo.

Ao falarmos sobre prefeituras ou a respeito do governo estadual, sou coerente em meu raciocínio: exagerar na rigidez do ir e vir significa, no ponto-chave da ação, pressionar a parte que deve ser cuidada e protegida, não a parcela da sociedade que corretamente merece vigilância, questionamentos – ou seja, o mundo político.

Na educação, foi autorizada a abertura de escolas de educação infantil (de 0 a 5 anos) de todas as redes, municipais, estaduais e privadas. A previsão de retomada da segunda fase (estudantes de 6 a 8 anos) e da terceira fase (as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos), ensino médio e universidades vai depender dos impactos da primeira etapa de flexibilização e dos números de contágio na cidade. O município ainda não iniciou a aplicação de doses em professores. Parques públicos voltaram via agendamento, exceto o Parque Municipal, no centro de BH, onde tem ocorrido vacinação contra raiva de cães e gatos.

A restrição de segmentos da economia aos domingos foi excluída. Aqui, nota-se uma óbvia reparação de um erro básico e imaturo a uma gestão municipal. Além do funcionamento do comércio varejista e atacadista de artigos farmacêuticos, artigos de ótica, artigos médicos e ortopédicos, combustíveis para veículos automotores, comércio de medicamentos veterinários, serviços de alimentação (bares, restaurantes e similares) – apenas para entrega em domicílio ou retirada no formato drive-thru, e de atividades industriais, no dia 6 de maio foram publicadas novas medidas com foco nos comerciantes dos serviços não essenciais em Belo Horizonte.

Supermercados e padarias puderam funcionar a partir do domingo dedicado ao Dia das Mães, 9.5. As feiras também reabriram. As padarias voltam das 5h às 22h aos domingos. Demais serviços associados ao ramo da alimentação, como açougues, pizzarias, mercearias e armazéns, funcionam das 7h às 21h. Lojas de materiais de construção e tinta, entre outras, também voltaram a abrir aos domingos.

O poder público, de modo geral (seja na esfera estadual, seja na municipal), deve confiar no senso de liberdade e responsabilidade da população. A meu ver, cercearmos o direito de ir e vir, por períodos longos, pode ter resultados emocionais e financeiros nos cidadãos, algo que com uma dinâmica movimentada no cotidiano pode minimizar os impactos da pandemia, por preencher a mente das pessoas com afazeres produtivos.

Dito isso, reforço um pensamento frequente no senso comum, mas que de fato sintetiza a essência humana: “o segredo da felicidade é a liberdade, e o segredo da liberdade é a coragem”. Eu acredito no próximo e eu confio em nosso povo.

Convido os políticos brasileiros do Poder Executivo a terem a mesma postura propositiva, serena, justa e de bom senso. Vamos juntos e vamos em frente!

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