Ninguém nunca terá iniciativa se não se sentir responsável por tudo o que fez e faz. O ponto-chave para o desenvolvimento dessa competência de performance é aceitar que o estágio da vida no qual você se encontra é unicamente de responsabilidade sua. Uma pessoa reativa colocará a culpa de tudo nos outros, nas situações, nas suas origens e no mundo. Por exemplo, se o tempo fechar, sentir-se-á triste; se o sol estiver brilhando, tudo vai fluir. Esses comportamentos reativos refletem uma personalidade que precisa desenvolver a habilidade de resposta frente a tudo. Mobilizar-se é a alavanca de transformação. Ser proativo muda uma vida e dá significado às situações.
Mas como se transformar em uma pessoa que tem atitude e iniciativa? Olhar para si mesmo como um todo! Essa resposta não quer fugir da objetividade ou cair em uma argumentação motivacional. Definitivamente não! É porque desenvolver essa competência diz respeito a um conjunto de atitudes em sintonia com várias frentes da vida e dos comportamentos.
Para obter resultados no desenvolvimento da iniciativa, será importante combinar tríades: ações, hábitos e ferramentas nas áreas fisiológicas, químicas e comportamentais. Muitas pessoas sabem muitas coisas, e a conversa com esse perfil de ser humano é sempre uma oportunidade de crescimento. Entretanto, alguns sabem, mas não se mobilizam ao fazer. Todo conhecimento deve ser para a ação, já lembrava o cientista Albert Einstein. Mobilize o que você sabe sempre na direção da realização. Habitue-se a ter iniciativa. Pode parecer curioso isso, mas o hábito de gestos simples nos transforma. Abriu a geladeira, e estava sem água na jarra? Ou vai tomar o último copo? Responda na hora. Reponha! Comece e termine as ações que demandam sua ação. As ferramentas serão as suas extensões na formação da iniciativa. Está esquecendo? Anote! Precisa parar? Timer! Não pode adiar? Post-it!
Mas, como disse, ativar a iniciativa demanda ação conjunta. Reveja alguns pontos: ative seus neurotransmissores. A dopamina, para trazer como exemplo, neurotransmissor do objetivo, precisará ter seu equilíbrio conquistado. Toda vez que planejar e cumprir, dopamina. Anda esquecendo as coisas? Escreva na agenda, em um planner, acione lembretes, use marcadores. Outros neurotransmissores são ativados na atividade física regular. Não descuide deles!
Procure ver coisas novas. Aprenda coisas que não sabia. Se você não se desafiar, se você não sair do seu conforto, nunca vai desenvolver inciativa. Vale tudo: um passeio em uma livraria, um parque, uma exposição. Boas ideias, alternativas, criatividade nascem da pesquisa. Estímulos cognitivos colocam nosso cérebro em movimento. A hipófise precisa ser estimulada.
Pense nas suas áreas de atuação. Um grande entrave para a inciativa nascer e se manter é a percepção do grau de dificuldade de determinada situação. Salvar as baleias onde quer que elas estejam pode ser uma grande ação, mas comece por atuar no seu círculo de influência. O círculo de influência é uma análise perceptiva dos fatos e situações que estão próximas de você, pelas quais você tem responsabilidade direta. Talvez a pessoa que trabalhe na sua empresa, talvez seu colega de trabalho, pode estar demandando uma ação de apoio direta.
Algumas pessoas apenas não se incomodam com nada. São capazes de ver um papel que seja no chão, e não se incomodam. Incomodar-se significa reagir ao ambiente, às situações e às pessoas. Significa não se contaminar pela preguiça, pela desorganização ou pela irresponsabilidade. Permita-se responsabilizar-se pela vida. Simplesmente faça. Se não foi o melhor, corrija. Mas se mobilize. Deixe de lado o perfeccionismo e acredite: melhor o feito que o perfeito!