Reconhecimento

Colatina vestiu com orgulho a camisa do América e honrou o manto

O jogador, hoje com 57 anos, chegou ao Coelho em 1979 e figura entre os jogadores que mais vestiram a camisa da equipe

Por Wilson José
Publicado em 13 de outubro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Colatina, 57, chegou ao América em 1979, vindo do interior capixaba. Ele era meia-direita, mas o treinador Mauricio Magalhães optou por aproveitá-lo na lateral direita. Naquela época, o América era muito diferente do que é hoje. O clube não tinha centro de treinamento, e os treinos eram realizados em Santa Luzia, na penitenciária de Ribeirão das Neves, em Pedro Leopoldo, e em outras cidades da Grande Belo Horizonte.

“Meus companheiros e eu roemos o osso”, diz Colatina, que ganhou sua primeira oportunidade no América com Jair Bala, em um clássico contra o Cruzeiro, em 1982. O jogador se deu bem, virou titular e foi escolhido o melhor do jogo. Ele foi considerado também o melhor lateral-direito do futebol mineiro em 1982 e tem muito orgulho desse título.

Colatina figura entre os jogadores que mais vestiram a camisa do América, totalizando 258 jogos. Fez vários gols, a maioria deles, de pênalti. Depois de dez anos de clube, em 1989, foi para o Avaí. 

Em Santa Catarina, o lateral jogou ainda no Joinville e no Tubarão, encerrando sua carreira no Rio Grande do Sul, no clube Atlético de Carazinho.

Apesar de ter vivido bons momentos no Avaí, sua melhor fase no futebol foi no América. No entanto, ele é reconhecido pelos torcedores de todos os clubes em que atuou. 

Colatina foi o único jogador do América selecionado para o jogo de despedida de Zé Carlos, ex-Cruzeiro, em 1983, quando “Zelão” estava no Villa Nova. 

Lembranças

Sociável, o lateral sempre conversa com os antigos companheiros e participa do encontro dos ex-jogadores do América. Ao rever sua carreira, ele relembra as dificuldades que enfrentou para se tornar um atleta profissional. Lembra-se ainda dos treinadores com quem trabalhou como Jair Bala, Paulinho de Almeida, Cento e Nove, Luiz Alberto e João Avelino. Ele dá risada quando recorda uma das frases de Avelino: “Quando penso que o Colatina vai fazer uma jogada de jogador da seleção brasileira, ele faz jogada de jogador do Sete de Setembro”.

Hoje, Colatina reside em Florianópolis e é presidente da Associação de Garantia ao Atleta Profissional de Santa Catarina (Agap-SC) e luta pelos direitos dos ex-jogadores.

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