Música

Instrumental de primeira

Redação O Tempo

Por Marcus Celestino
Publicado em 28 de março de 2015 | 03:00
 
 
 
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As próximas atrações do projeto “Quinta Instrumental” podem até diferir um pouco em termos de sonoridade, mas o casamento entre os concertos promete ser harmonioso. Apesar de ter o rock como influência primária, o Dibigode mescla outros elementos que enriquecem sua sonoridade de contornos experimentais. A banda está em turnê nos Estadso Unidos e retorna direto para o show no Teatro Bradesco, na quinta (2). Quem fecha a noite é o saxofonista, arranjador e compositor Cléber Alves, que trará o seu mix originalíssimo de jazz e MPB.

Frequentemente comparado ao Tortoise (banda de pós-rock originária de Chicago) pela utilização de elementos jazzísticos mesclados a outros ritmos, o Dibigode faz parte da nova cena mineira. O quinteto abrirá a noite com canções que lhes renderam inúmeros elogios de público e crítica.
 
“Creio que a ponte (entre meu show e o do Dibigode) será uma composição mais experimental com a qual abrirei a apresentação. Conversando com o Cliff (Korman, pianista norte-americano), que também conhece o Dibigode , decidimos optar por ela”, comenta Cléber, que retornou de uma série de concertos na Europa e fez um registro ao vivo de um show na Suíça que pretende trasformar em breve num CD.
 
Além de Korman, Cléber estará ladeado por outros dois músicos de peso na apresentação da próxima quinta. “Há muito sou fã do Hermeto Pascoal e o Márcio Bahia esteve numa formação com ele. O Márcio é um baterista muito conceituado e me orgulha muito tocar ao lado dele”, destaca Cléber.
 
Completa o time o baixista Milton Ramos. Há mais tempo com o saxofonista, Ramos é considerado um esteio na formação. “O baixo é meu porto seguro, a âncora está ali”, determina Cléber. 
 
MISTURA FINA
Idealizado por Rita Cupertino, o projeto tem como objetivo suprir a ausência de eventos específicos que contemplem a música instrumental em Belo Horizonte. Desde que o “Música de Domingo” findou, em 2009, a cidade não contava com algo similar. “Estou primando pela qualidade técnica e artística do show”, afirma Rita.
 
A produtora ressalta que o “Quinta Instrumental” tem como característica diferenciadora do “Música de Domingo” a mistura entre várias gerações de instrumentalistas e a maior aposta nos novatos.
 
Além disso, já existem planos de se trazer mais artistas nas edições vindouras. “No ‘Música de Domingo’ vinha muita gente de fora, tinha-se um intercâmbio legal. Pretendemos voltar a trazer nomes que ficaram de fora dessa edição e músicos do interior de Minas também”, afirma Rita. 
 
Projeto Quinta Instrumental
Com Dibigode e Cleber Alves
Teatro Bradesco (r. da Bahia, 2.244, Lourdes). Dia 2 (quinta), às 20h. Gratuito, mediante retirada de senha duas horas antes do início dos shows. 

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