Minas Trend

Esquenta na passarela

Marcas que desfilaram no Minas Trend mostram que é a vez de as cores quentes reinarem no verão

Por Lorena K. Martins
Publicado em 20 de abril de 2018 | 12:41
 
 
 
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Iniciativa que nos representa no calendário fashion, o Minas Trend realizou mais uma edição na semana passada, em Belo Horizonte, revelando as apostas para o verão 2019. Diferentemente de uma fashion week, o evento mantém o mesmo formato há alguns anos: de um lado, marcas fazem sua apresentação livre na passarela e, do outro, etiquetas expõem, em um salão de negócios, voltado para venda, suas apostas de mercado para a próxima estação.

A fórmula permanece dando certo. Mas, nessa edição, foi claro perceber que o line-up dos desfiles, que passa pela curadoria do diretor criativo Pedro Lázaro, ganhou novo fôlego. A temporada trouxe várias novidades – a começar por quatro novos nomes. E bons destaques. 

O primeiro foi a Skazi, uma marca consolidada no mercado, fiel às suas clientes – que englobam, principalmente, blogueiras e outras celebridades – mas que nunca havia desfilado em seus 25 anos de existência. Com mais de 500 pontos de vendas espalhados em todo o Brasil, a marca escolheu sua terra natal para fazer a celebração e desfilar peças que suscitaram desejo imediato – algo que o estilista Eduardo Amarante sabe fazer muitíssimo bem. 

A marca, aliás, foi a última a desfilar na grade dessa edição, possivelmente para consolidar a máxima do “fechar com chave de ouro”. Não só. Escalou celebridades para a concorrida primeira fila, convidou a cantora Ludmilla – fã confessa da marca – para cantar a trilha sonora ao vivo e, não bastasse, convocou a atriz global Juliana Paes para uma aparição especial, encerrando o desfile na passarela.

Por outro lado, foi com uma trilha sonora poética e mais leve que o estilista mineiro Fabio Costa fez a sua estreia. Para quem não conhece, um breve currículo: Fábio morou 12 anos em Nova York com a família, participou da 10ª edição do “Project Runway” e retornou à cidade recentemente, junto à sua marca Not Equal, direto para a passarela do Minas Trend.

“O propósito da coleção é trabalhar a desconstrução, com um acabamento que não é finalizado”, explicou. Assim, as peças são intencionalmente modeladas para que o corpo dê a forma que for necessária – homem ou mulher, fica a critério –, além de uma cartela de cores que simbolizam os sentimentos do dia a dia – a alegria, o cansaço e a tristeza são exemplos da coleção, uma das mais elogiadas da edição. Um presente e tanto para quem estava comemorando 35 anos justamente no dia do desfile.

A Virgílio Couture, do estilista Virgílio Andrade, já havia desfilado, sem comprometimento comercial, na passarela experimental da Casa de Criadores, em 2013. Agora, fez a sua estreia na passarela mineira colocando sua alfaiataria bem estruturada a serviço de uma roupa versátil, que pode ser usada em momentos e lugares diversos. 

O interessante do trabalho dele, no caso, é a capacidade de exagerar – como, por exemplo, ao combinar a estampa de oncinha com o xadrez, usando cores vibrantes como amarelo, azul e rosa; de forma elegante e nada over. As jardineiras adornadas com babados são uma peça forte da sua coleção – e despertam o desejo de usá-las imediatamente. 

Por último, a mineira Fátima Scofield, já uma espécie de “prata da casa” (enquanto expositora no salão de negócios), abriu mão da estrutura mais rígida que norteava suas criações e propôs peças esvoaçantes, transparentes e fluidas em seda – a maioria em tons quentes, como laranja, vermelho e amarelo. Ah, e chiques, como dita seu DNA. 

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