MÚSICA

Renaissance debuta no Brasil 

A banda britânica de rock progressivo desembarca na capital mineira com a turnê “Songs For All Times no dia 28 de maio

Por Jessica Almeida
Publicado em 20 de maio de 2017 | 03:00
 
 
 
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São quase 50 anos de estrada, mas só este ano a banda de rock progressivo Renaissance está vindo ao Brasil pela primeira vez. Embora alguns dos integrantes já tenham estado aqui se apresentando individualmente ou de férias, e ainda que um deles até more aqui há 13 anos, a turnê “Songs For All Times”, que passa por Belo Horizonte no próximo domingo (28) e inclusive já está com ingressos esgotados, é a primeira vinda oficial do grupo britânico ao país. 

 
Por telefone, a vocalista Annie Haslam, 69, demonstrou empolgação por finalmente vir com a banda, formada no fim dos anos 1960, a um dos lugares que mais gosta. “A primeira vez que estive aí foi em 1979, só com Michael Dunford (guitarrista do Renaissance, falecido em 2012), por um convite de última hora da gravadora em que estávamos”, lembra. “Não fizemos nenhum show, mas gravamos muitas entrevistas e um pequeno acústico para a TV Globo. Depois voltei algumas vezes no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000 com meu projeto solo”, conta a cantora, que em um dos shows teve Flávio Venturini como seu convidado.
 
Mas sua relação com o país vai muito além do aspecto profissional. Com amigos aqui, ela diz que sente que o ar brasileiro tem algo diferente e mesmo as pessoas mais pobres parecem felizes. Por ser vegetariana, ela lembra com especial apreço dos restaurantes a quilo, que têm diversas opções sem carne, e da vez em que acabou sem querer participando de um concurso de samba no alto do Pão de Açúcar. Annie até passou seu aniversário de 50 anos em Petrópolis, em 1997, e há três anos ficou um período do Natal a pouco depois do Réveillon, quando conheceu e ficou impressionada com as Cataratas do Iguaçu. Dessa vez, ela diz que por pouco não ficou aqui pra sempre.
 
‘Todos os tempos’
 
Escolher o repertório para uma primeira vinda depois de tantos anos de estrada não foi tarefa fácil. A turnê “Songs For All Times”, no fim das contas, vai ter clássicos do início da banda, como “Mother Russia”, “Running Hard”, “Song for All Seasons”, “Ocean Gipsy”e “Ashes are Burning”. Mas também vai contemplar canções do álbum mais recente “Symphony of Light” (2014), como a que dá nome ao disco, “Grandine Il Vento” e “The Mystic And The Muse”. “São músicas que lembram muito as antigas e quando as tocamos pela primeira vez fomos aplaudidos de pé. Normalmente, leva um tempo até as pessoas criarem vínculo, mas com essas foi instantâneo, muito devido ao lindo trabalho que Michael fez ao compô-las”, comenta. 
 
A ausência do guitarrista, aliás, é a única coisa que Annie lamenta sobre a turnê. “Sua partida foi muito inesperada e devastadora para todos nós e sua família. Fiquei em estado de choque”, lembra. Depois que passou o choque da perda repentina, ela diz que fez questão que Mark Lambert, que já havia feito parte do grupo, retornasse à formação, mesmo ele já morando aqui no Brasil. “Desde então, nós terminamos o disco, fizemos duas turnês na Europa, dois cruzeiros, e assim que voltarmos do Brasil trabalharemos em um novo álbum. Tenho certeza de que onde ele estiver está nos acompanhando e ajudando a funcionar”, diz.
 
 
Renaissance
Turnê Songs For All Times
Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro, 3236-7400). Dia 28 (domingo), às 19h. Ingressos esgotados.
 

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