REDUÇÃO DE FROTA

Irlan Melo e Bruno Miranda batem boca na Câmara de BH por causa de ônibus suplementares

Redução da frota motivou discussão entre os parlamentares

Por Lucas Negrisoli
Publicado em 07 de maio de 2024 | 16:59
 
 
 
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Os vereadores Irlan Melo (Republicanos) e Bruno Miranda (PDT), líder de governo de Fuad Noman (PSD) na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), bateram boca nesta terça-feira (7/5) durante sessão plenária do Legislativo. Os dois discutiram sobre a redução de frota dos ônibus suplementares em 21 carros, cujos contratos pertencentes aos beneficiários (viúvas e filhos) de permissionários que morreram ou se tornaram incapazes foram extintos. Além disso, dois motoristas desistiram de suas permissões nas últimas semanas, totalizando 23 veículos fora das ruas. 

“Apresentei aqui um caixão para enterrar ou ressuscitar o sistema suplementar. Pela intransigência do prefeito de Belo Horizonte, 23 famílias foram enterradas. Vinte e três ônibus que não rodam mais em vilas e favelas, que não rodam mais atendendo a população. Não temos mais como salvar os que estão na cova do que o senhor enterrou”, declarou Irlan Melo, em crítica ao prefeito Fuad Noman (PSD).

O líder de governo rebateu as falas do colega e disse que seu discurso é “populista e eleitoreiro”. “Fizemos inúmeras reuniões com representantes dos suplementares e com as viúvas dos suplementares, pessoas que estão deixando (de rodar) porque expirou o prazo porque a procuradoria não conseguia um meio viável do ponto jurídico para que ela fosse prorrogada. Todas as possibilidades de prorrogação foram tentadas. Chamar o prefeito de assassino é covardia, oportunista e eleitoreiro”, declarou.

Em seguida, Irlan Melo voltou a criticar a Prefeitura de Belo Horizonte e disse ser “mentira” que todas as possibilidades foram esgotadas. “Eu quero dizer que quem é demagógico, oportunista e eleitoreiro é ele (Bruno Miranda), ou o prefeito. É mentira que se tentaram todas as possibilidades. O Ministério Público estava disposto, a Procuradoria estava disposta, tinha um termo preparado, mas nunca quiseram se reunir para tratar desse assunto. O mal disso é que 23 ônibus não estão rodando mais”, retrucou.

O sistema de ônibus suplementares funciona a partir de uma permissão que a BHTrans emite aos donos dos veículos, que podem rodar em linhas que coletivos comuns não podem, especialmente na ligação entre bairros, vilas e favelas na capital. 

Como os veículos são particulares, quando o dono morre ou se torna incapaz o contrato é repassado para seu herdeiro, normalmente a viúva ou os filhos. Os contratos tinham fim previsto para o fim do ano passado, mas, após uma série de manifestações e dificuldades em substituição da frota, a prefeitura concordou em estender o prazo por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que venceu no início deste mês.

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