DÍVIDA DE MINAS COM UNIÃO

Líder de Zema diz que crítica de Haddad é 'guerra de narrativas'

Líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado João Magalhães (MDB), disse que existe "guerra de narrativas" sobre dívida de Minas

Por Leonardo Augusto
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O líder do governo na Assembleia Legislativa, João Magalhães (MDB), classificou como uma "guerra de narrativas" a crítica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a dívida de Minas ultrapassou R$ 150 bilhões porque "nada foi feito".

A declaração do ministro foi dada em entrevista à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), em que Haddad cita o governador Romeu Zema (Novo). A entrevista foi nesta quarta, 08/05.

"É algo natural (a guerra de narrativas). O governo federal é de esquerda e o de Minas Gerais, de direita", disse o parlamentar, à reportagem. Magalhães acredita que o embate vai continuar até que haja uma solução para o pagamento da dívida, que está em R$ 165 bilhões.

Também em entrevista, à Rádio Jovem Pan, na última segunda-feira, Zema reclamou das condições de pagamento do passivo, que foram alteradas ao longo dos anos, e hoje é balizada na taxa Selic ou IPCA mais 4%, o que for menor.

Ao longo do governo Zema o serviço da dívida não está sendo pago, graças a uma decisão judicial obtida pelo governo federal ainda na gestão do governador Fernando Pimentel (PT), antecessor do atual chefe do Executivo estadual.

Uma saída para o pagamento do passivo está sendo articulada entre os governos federal e estadual, com participação do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco. Uma proposta inicial foi a federalização de estatais como a Cemig e Copasa para abater no estoque da dívida.

A discussão chegou também à Justiça. No último dia 19, o Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou por mais 90 dias, a pedido do governo de Minas, o prazo para que o estado pague a dívida com o governo federal. A Advocacia Geral da União  (AGU) cobra do estado o pagamento da dívida.

A reportagem enviou ao governo do estado questionamentos sobre a declaração do ministro Haddad, mas não houve resposta.

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