Com 22% das intenções de voto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocupa a segunda posição na disputa eleitoral, em uma polarização com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem hoje 36%. Se as eleições fosse hoje, os dois disputariam o segundo turno, segundo o instituto DATATEMPO. No entanto, a situação poderia ser mais complicada para o atual presidente os eleitores da chamada terceira via - aqueles que não querem nenhum dos dois primeiros colocados - estivessem unidos hoje em um único nome. Com 27,8% do eleitorado, os adversários de Lula e Bolsonaro sofrem com a pulverização, contribuindo com a polarização entre os dois grupos de forte militância.
Os eleitores da terceira via estão mais concentrados na faia com mais de 45 anos, que representam 54,3% deles (contra 50,4% na amostra geral) e na região Sudeste (46,3%, contra 41,8% na amostra geral) e hoje estão dividos da seguinte forma: mais ou menos metade declaram voto em dois candidatos: Ciro Gomes (PDT) ou Sergio Moro (sem partido). O restante se divide entre os outros dez nomes incluídos no cenário analisado.
O ex-governador do Ceará é quem, até aqui, vai melhor. Ele recebe 27,8% dos votos da chamada terceira via (o que representa 7,8% dos votos da lista total de candidatos), enquanto o ex-juiz federal fica com 20,2% dos votos da terceira via (com 5,6% das intenções no cenário geral). Acima dos dez pontos percentuais nesse conjunto do eleitorado ainda aparecem: o jornalista José Luiz Datena (11% ou 3,1% do cenário geral) e Marina Silva (10,5% ou 2,9% do cenário geral).
Os dados do instituto DATATEMPO também mostram que quase metade desse grupo, se tivesse que escolher entre Lula e Bolsonaro, escolheria o ex-presidente: 47,9%. Já outros 25,7% decidiriam votar em branco, ou anular o voto. Enquanto isso, 22,9% dos eleitores da terceira via optariam por eleger o atual presidente caso a escolha ficasse entre os dois. Os que não souberam ou não responderam somam 3,5%.
Saiba também quem são os eleitores de Lula e Bolsonaro.
A pesquisa do instituto DATATEMPO realizou 2.025 entrevistas domiciliares entre os dias 9 e 15 de setembro, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,18 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.